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Tema da Parada LGBTI+ 2019 em São Paulo, relembre o que aconteceu em Stonewall

Publicado em 18/05/2019

Stonewall, nome famoso e reverenciado, referência ao bar ‘Stonewall inn’, em Nova Iorque, nos Estados Unidos. O bar era frequentado por grupos minoritários (Gays, lésbicas, bissexuais e trans) vistos, comumente, como a ‘escória’ da sociedade vigente. Representavam o ‘submundo’, tidos como perversos, decadentes, agressivos e, consequentemente, eram ‘coisificados’ por terem comportamentos destoantes ao que era considerado normal e padrão.

Nesse sentido, ficou conhecido como um marco na luta pelos direitos LGBTs, quando, em 28 de junho, de 1969, tornou-se palco de uma coibição hostil advinda da polícia. A comunidade, que sempre se calava diante do tratamento indigno oriundo de grupos majoritários, resolveu reagir. Agentes da polícia invadiram o bar, prontificados a levarem, agressivamente, para cadeia, qualquer ser humano dissonante ao que era visto como normal perante os padrões sociais.  

Foi ai que a guerra começou. Historicamente, muitos concordam que a lésbica Stormé DeLarverie, desferiu o primeiro soco na polícia.

Explico:

O confronto começou quando uma mulher algemada, que pode ter sido Stormé, foi atrozmente levada da porta do bar para a viatura. Contudo, escapou repetidamente. Há relatos que afirmam que ela brigou com pelo menos quatro dos policiais, por cerca de dez minutos.

Dito isso, é difícil trazer à lume, precisamente, os pormenores do ocorrido naquele dia, já que segundo o documentário: ‘Stonewall: o início do movimento LGBT’, só existem sete fotografias que rememoram o acontecimento.  

Todavia, com as imagens e os relatos que sem têm, já da para aclarar como se construiu esse evento, bem como sua importância para a luta pelos direitos LGBTs.

Assim, retornando ao passado, em 1969 os atos homossexuais eram ilegais em todos os estados americanos, com exceção de Illinois.

Por isso o termo ‘coisificados’ foi utilizado no início. Quando se coisifica um ser humano ou grupo minoritário, quebra-se qualquer possibilidade de empatia por este grupo, pois, para a ótica da sociedade, são apenas ‘coisas’. Logo o escárnio, agressões físicas e verbais são legitimadas.

Segundo o documentário ‘A revolta de Stonewall’, exibido pelo DCE Una, um número impressionante de médicos qualificavam a homossexualidade, como oriunda de distúrbios mentais. Para eles, um homossexual era incapaz de estabelecer relações sólidas e duradouras. Este pensamento pairava por toda a sociedade local, por isso àqueles que mantinham práticas inusuais reuniam-se em lugares onde eram aceitos. Assim, o bar de Stonewall era o lugar popular que mais acolhia a diversidade.

Marsha P. Johnson

É oportuno ressaltar também a importância proeminente de Marsha P. Johnson nessa briga que, supostamente, tacou, sem medo, um tijolo na cabeça de uns dos policias.

Marsha foi uma das ativistas mais radicais dessas lutas. Por sua condição de mulher trans, negra e trabalhadora sexual, Marsha conhecia de perto a injustiça e soube usufruir de sua voz bravamente.

Outro nome de destaque, durante a rebelião, foi Sylvia Rivers, transgênero, ativista e bissexual, que, segundo outros relatos, jogou um coquetel molotov nos policiais.

Ainda sobre LGBTs, uma pessoa identificada como Marilyn Fowler, resistiu à prisão, através de luta com policias.

Em face de todo o exposto, já é possível constatar como esta rebelião foi um marco para comunidade LGBTI+. Como bem afirma Adeilton Alves Calixto: “Um fato ocorrido no Stonewall Inn, bar frequentado, majoritariamente, pelo público gay, localizado na CHRISTOPHER STREET, Greenwich Village, foi ápice e divisor de águas. No dia 28 de junho de 1969, a polícia que, constantemente promovia rotineiras batidas no bar, frequentado por homossexuais, enfrentou resistência dos clientes, pois, muitas vezes, essas prisões eram arbitrárias e seguidas de humilhações.” (Calixto A. Alves, Rompendo o silêncio: a informação do espaço LGBT no estado da Paraíba, 2015, p.17,18).

Em suma, A revolta de Stonewall foi um grande propulsor na luta pelos Direitos LGBTs posteriormente, por representar um aspecto sociológico de politização da sociedade, tornando- se assim referência na luta do movimento e considerado a inspiração para a organização do todas as Paradas LGBTI+ do Mundo.

Por isso, em 2019, a Parada LGBTI+ de São Paulo traz como tema os 50 anos da Revolta de Stonewall. O evento acontece no domingo, 23 de junho, na avenida Paulista.

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