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LeFou – O personagem gay e pintosa de A Bela e a Fera que você respeita!

Publicado em 14/03/2017

Quando o diretor Bill Condon revelou que a nova versão de A Bela e a Fera teria o primeiro personagem assumidamente gay da Disney, a notícia dividiu opiniões, enquanto a comunidade LGBT comemorava a sua representatividade, os conservadores trataram de polemizar, boicotando o filme ou colocando a censura para maiores de 16 anos como aconteceu na Rússia.

O site Observatório G teve o privilégio de ver o filme em primeira mão em uma sessão exclusiva para jornalistas e conta agora pra vocês nossas impressões da adaptação de A Bela e a Fera, em especial do personagem LeFou, interpretado pelo ator Josh Gad.

A primeira coisa importante a ser dita é: o filme é impressionantemente fiel ao desenho, sofrendo algumas alterações sutis que dialogam mais com o nosso tempo. Não só por conta de ter um personagem gay, mas por ter também um negro como a figura de um bibliotecário. (Vale lembrar, que a Disney demorou séculos para introduzir personagens negros em suas histórias, tendo inclusive, um histórico de racismo que ela sabiamente tenta contornar com o passar do tempo).

Mas o que todo mundo quer saber é: afinal, LeFou é um gay tipo Jesus de The Walking Dead, que as pessoas sabem que é gay porque disseram que ele é gay ou ele de fato deixa claro sua orientação sexual durante as cenas?

Para nossa alegria LeFou não da apenas pinta de gay, ele da uma verdadeira mancha não só em suas falas, mas também em seu número musical. Aliás, são raras as falas do personagem onde ele não esta dando em cima de seu muso Gaston.

“Quem precisa delas quando temos a nós?”, questiona o personagem ao seu muso, que por sua vez esta distraído demais com seu ego para reparar na cantada de LeFou.

É claro que haverão aqueles que irão reclamar de que a Disney apresentou um personagem gay estereotipado que é responsável por boa parte dos alívios cômicos do filme. Mas a verdade, é que se vocês repararem bem, as pessoas sempre irão reclamar: se é afeminado é porque estereotiparam, se não dá pinta é porque é enrustido, se é padrão reclamam que esqueceram dos gordinhos.

LeFou é um gay, gordinho, que dá pinta em um ambiente predominante hétero e a melhor parte do filme: isso não é uma questão. Em nenhum momento algum personagem para e diz: “gente, mas o que aquela bicha louca esta fazendo?”, pelo contrário, tudo é apresentado de forma muito sútil e natural.

E olha só que bacana, ele é gay dá em cima do Gaston o filme inteiro e Pásmem! Gaston não vira gay por conta disso, ele permanece apaixonado pela Bela até o final. Uma mensagem clara de que somos o que somos independente de com quem andamos. Aquele papo do “diga-me com quem tu andas que eu te direi quem és” é uma frase totalmente defasada feita em uma época que não existia a globalização ou a internet.

Outro momento maravilhoso do filme que faz com que a comunidade LGBT se sinta abraçada pela Disney é na cena épica onde o castelo é invadido pelo povo da aldeia. Em determinado momento o armário que na história tem vida traveste 3 invasores com peças femininas. A reação de dois deles é gritar como se aquilo fosse a coisa mais ultrajante do mundo, a surpresa vem na sequência, quando os dois correm um deles fica parado vestido de mulher e sorri para o armário, mostrando que gostou do novo look.

SIMMM! LACRARAM MUITO NESTA CENA!

Cansados de finais tristes onde o LGBT morre no final, fica louco ou sozinho?! Pois bem, LeFou tem um final pra lá de feliz! Na valsa final todos dançam como manda o figurino, entre eles LeFou que aparece dançando com uma mulher.

(Aí você pensa, “ok” eles já fizeram bastante pela comunidade LGBT considerando um filme infantil poderia ser um pouco chocante demais colocar ele dançando com um homem).

E neste momento o espectador é surpreendido com a troca de casais, onde ele cai nos braços de outro homem. Embora a cena seja rápida, ela foi capaz de tirar aplausos da platéia.

Eis o verdadeiro final feliz, onde héteros, gays, trans, gordinhos, príncipes e princesas encontram espaço para serem o que são e amarem o próximo. Sem dúvida um marco na história da Disney que merece sim ser prestigiado por adultos e princialmente por crianças. Até porque, quanto mais cedo elas verem os LGBTs em um contexto de normalidade, maiores são as chances de termos um homofóbico a menos na sociedade.

O Oscar 2017 acabou de acontecer, mas não seria nenhum exagero dizer que A Bela e a Fera tem fortes chances de concorrer no Oscar 2018 nas categorias: melhor figurino, melhor maquiagem e cabelo e melhor direção de arte. Vale lembrar, que a animação original conseguiu abocanhar o Oscar de direção de arte em 1991, um feito inédito para uma animação.

Mas cá entre nós, fazer toda aquela magia acontecer com pessoas reais e objetos reais é ainda mais trabalhoso, porém gratificante quando o fazem com tamanha grandeza e qualidade como a que foi feita neste filme.

A Bela e a Fera estreia aqui no Brasil na próxima quinta, dia 16 de março nos cinemas!

 

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