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O que “X-Men” tem a ensinar a comunidade LGBT?

Publicado em 22/02/2017

Se existe uma história da ficção que se assemelha e muito com a realidade da comunidade LGBT, sem dúvida essa história é a dos X-Men.

Embora semelhantes, somos taxados de diferentes e muitas vezes discriminados por esta diferença.

Assim como os Xmen, nós nascemos desta forma, o poder deles vem da genética com a diferença que a maioria desenvolve isso na adolescência e outros demoram mais tempo para desenvolver.

Em meio a muitos efeitos especiais e explosões, x-men fala das minorias marginalizadas e não compreendidas.

Se por um lado os X-men possuem o poder de voar, ler mentes e se teletransportar, por outro lado, a comunidade LGBT possui a capacidade de se reinventar, quebrar as barreiras da ideologia de gênero e amar (sim, porque o amor é um grande poder) mesmo diante a tantas adversidades.

A saga que já abordou a questão da “cura” em “X-men 3”, apresentando uma realidade onde os próprios mutantes puderam escolher entre permanecer com seus poderes ou abrir mão de sua identidade para se ajustar a um conceito distorcido de normalidade, deixou bem claro que negar a si mesmo não é o caminho e de que não somos nós os errados por ser como somos, mas sim aqueles que nos cobram e punem por não compartilharmos dos mesmos valores e condutas retrógradas.

Até porque, cá entre nós, se a gente faz sexo com homem, com mulher, ou com homem e mulher que diferença efetivamente isso faz na vida das outras pessoas, não é mesmo? Eu mesmo não gosto de brócolis e nem por isso saio batendo nele, simplesmente não como. Ponto.

Os X-men tiveram sua “versão” do HIV, quando a “praga mutante” invadiu seus quadrinhos, matando diversos personagens, com uma doença que inicialmente matava apenas os mutantes e era incurável, sua última vítima foi Colossus que se sacrificou para encontrar a cura da doença que matou sua irmã.

Quando o casamento gay foi aprovado nos EUA, os X-men estamparam na capa o primeiro casamento Gay na Marvel, quando o X-man Estrela Polar, se casa com seu noivo Kyle.

Porém, X-men Apocalipse aborda uma outra problemática da comunidade LGBT, talvez aquela que mais nos impede de evoluir enquanto time que deveria lutar pelos mesmos direitos.

Desta vez o vilão não é a humanidade (LGBTfóbicos) opressora que na incapacidade de entender o diferente, prefere exterminá-lo. O inimigo agora é um próprio mutante, o mais antigo deles conhecido por Apocalipse.

E qual é o grande erro do Apocalipse? Achar que a causa dele é mais importante que as dos outros e reunir outros mutantes para iniciar uma guerra contra humanos, e claro, contra os X-men que não apoiam esta generalização de achar que todo humano é de fato ruim ou necessariamente um inimigo.

No apogeu de sua ignorância, Apocalipse prega que apenas os mutantes mais poderosos podem sobreviver, que apenas eles tem o merecimento de permanecer no planeta. Em um paralelo com o universo gay, é possível comparar Apocalipse com um gay heteronormativo, que acha que apenas os gays brancos, malhados, altos e lindos merecem respeito.

Mais que isso, X-men Apocalipse fala sobre a desunião dos mutantes, e infelizmente esta é a nossa dolorosa realidade. Ainda temos dificuldade em lutar pela comunidade, na maioria das vezes nos perdemos defendendo nossas próprias siglas e esquecendo que o LGBT é composto não só por gays, mas lésbicas, transexuais, bissexuais, travestis e outros…

Enquanto brigamos uns contra os outros, os regiliosos/conservadores estão unidos elegendo representantes políticos que mais tarde irão castrar os nossos direitos.

Até quando?

X-men fala sobre aceitar as diferenças. Sobre amar acima de tudo. Uma fala da Mística em “X-men Apocalipse” nos faz refletir e perguntar se as coisas realmente evoluíram: “Eles ainda nos odeiam Charles, só estão mais educados”.

Talvez seja a hora de a gente aprender a identificar o nosso real inimigo e fazer da nossa diferença o nosso maior poder.

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