O youtuber Spartakus Santiago foi vítima de racismo e homofobia neste neste domingo (19), após pedir um táxi pelo aplicativo 99 Táxi. Nas redes sociais o caso repercutiu bastante e a hashtag “NãoVouDe99” foi uma das mais compartilhadas durante o restante do dia.
Veja também:
- Apesar de recorde histórico, investimento federal LGBTQIA+ ainda é insuficiente
- Legislação transfóbica desafia movimento trans e aliados a investirem em resistência institucional
- Associações defendem direitos de crianças e adolescentes no STF contra lei que censura a Parada LGBTQIA+
- CNJ proíbe discriminação de pessoas LGBTQIA+ na adoção, guarda e tutela
- Enquanto aguarda nomeação de Lula, PGR interina defende direitos de travestis e transexuais presas
- Como ser um aliado de pessoas trans sem invisibilizar e protagonizar seu papel
- Crivella deixa cariocas sem remédio para tratamento da AIDS
- Ex-empresário de Dudu Camargo diz que apresentador quer mudar imagem de gay assediando mulheres
- World Athletics diz que atletas trans não podem ser proibidos de competir em SP
- Assexualidade gera dúvidas e polêmica entre LGBTs
- Quadrinho do Chico Bento mostra conceito de família com casal gay
- Japão testa drogas anti-HIV contra coronavírus em meio a aumento de casos
- Homofobia: professor é espancado e torturado por horas após ter vídeo íntimo vazado
- Coronavírus: precisamos nos alarmar no carnaval? Dr. Maravilha explica
- Presidente Bolsonaro veta propaganda do Banco do Brasil que investia em diversidade
- Os desafios da saúde mental na comunidade LGBTQUIA+
- SOBRE O ESMAGAMENTO DAS DIFERENÇAS HUMANAS
- Reflexões sobre o Dia Internacional da Mulher: Desafios e Avanços no Brasil
Em sua conta do Instagram, Spartakus, que é conhecido por fazer vídeos para o Youtube de militância sobre ser gay e negro no Brasil, desabafou sobre o que aconteceu. No relato o jovem conta que o motorista chegou a chamar ele de “viado”.
“Mais uma vez humilhado por um motorista do @voude99!!! O motorista cancelou a corrida quando eu me aproximei e quando eu perguntei o motivo, a resposta foi a seguinte: “Eu sou obrigado? Pára de filmar essa porra aí, seu VIADO”. Tudo isso porque eu sou gay e moro em um bairro da zona norte. Me respeitar é tão difícil?NÓS TAMBÉM SOMOS GENTE! Eu não tenho culpa de ser viado! Eu não tenho culpa de não conseguir morar num bairro rico!”, escreveu.
Em outro momento o youtuber relatou que esta não é a primeira vez que é vítima de preconceito dos motoristas da 99. Segundo ele, há um mês ele teve outro episódio, só que desta vez ele estava ao lado do cantor baiano, Hiran.
“Há um mês atrás fui vítima de racismo por outro motorista do 99táxi e a empresa não fez NADA além de me ligar pra botar panos quentes e me mandar fazer um boletim de ocorrência. NÃO TOMARAM NENHUMA MEDIDA pra punir a pessoa que representa sua empresa e me discriminou”, disse.
Após a repercussão da hashtag “#NãoVoude99”, a empresa se pronunciou sobre o caso e informou que o motorista foi banido. Além disso, ela também afirmou que não tolera nenhum tipo de preconceito e que pretende dar todo o suporte necessário a Spartakus.
Confira a resposta na íntegra: “A 99 recebeu de diversos usuários um vídeo que mostra a atitude homofóbica de um motorista contra um passageiro. Por essa atitude, banimos imediatamente o motorista da plataforma. Sabemos que isso não ameniza o que ele passou, mas trabalhamos duro para prevenir esse tipo de situação. Repudiamos qualquer forma de preconceito e temos uma política de tolerância zero em relação a isso. Esse não é o tipo de experiência que queremos proporcionar aos nossos passageiros. Mobilizamos nossas equipes internas para dar todo o suporte, além de buscar iniciativas emergenciais para combater esse tipo de atitude.”