Em entrevista ao portal Universa, a atriz Karen Junqueira voltou a falar sobre a violência sexual que sofreu aos 12 anos. Karen revelou que na época, se sentia culpada pelo ocorrido e que hoje, não possui mais esse sentimento de culpa que a torturava.
Veja também:
- Apesar de recorde histórico, investimento federal LGBTQIA+ ainda é insuficiente
- Legislação transfóbica desafia movimento trans e aliados a investirem em resistência institucional
- Associações defendem direitos de crianças e adolescentes no STF contra lei que censura a Parada LGBTQIA+
- CNJ proíbe discriminação de pessoas LGBTQIA+ na adoção, guarda e tutela
- Enquanto aguarda nomeação de Lula, PGR interina defende direitos de travestis e transexuais presas
- Como ser um aliado de pessoas trans sem invisibilizar e protagonizar seu papel
- Crivella deixa cariocas sem remédio para tratamento da AIDS
- Ex-empresário de Dudu Camargo diz que apresentador quer mudar imagem de gay assediando mulheres
- World Athletics diz que atletas trans não podem ser proibidos de competir em SP
- Assexualidade gera dúvidas e polêmica entre LGBTs
- Quadrinho do Chico Bento mostra conceito de família com casal gay
- Japão testa drogas anti-HIV contra coronavírus em meio a aumento de casos
- Homofobia: professor é espancado e torturado por horas após ter vídeo íntimo vazado
- Coronavírus: precisamos nos alarmar no carnaval? Dr. Maravilha explica
- Presidente Bolsonaro veta propaganda do Banco do Brasil que investia em diversidade
- Mocha Celis, uma escola com afeto e esperança
- Ney Matogrosso: o deus camaleônico da música brasileira
- Homofobia Velada
“Fui acordada no meio do sono e alguém veio arrancar minha intimidade. Uma intimidade que eu nem sabia ainda para o que era direito. Hoje, temos a comunicação a nosso favor. Na minha época, não tinha internet e a informação era limitada”, começou.
Por ter um pai rígido, Karen não revelou o que tinha acontecido: “Meu pai era muito rígido e eu fiquei com medo de qualquer coisa ser culpa minha. Uma das primeiras coisas que uma pessoa abusada sente é culpa. Culpa e vergonha. Hoje, não tenho mais vergonha.”
“Existe um sentimento de culpa e a gente confunde religiosidade com certo e errado. É preciso olhar a culpa onde está, sendo laico. Eu fui a vítima, mas a culpa vem. Você pode perguntar para quem foi abusada: em 90% dos relatos que recebi após o depoimento, está presente o sentimento de culpa”, contou a atriz.
Por fim, Karen alertou sobre a importância de revelar que foi vítima de violência sexual: “Eu só queria mostrar para alguém que passou pela mesma coisa que o caminho não é o silêncio porque precisa existir justiça. Cada vez que a gente fica em silêncio, a gente está dando espaço para a impunidade. E também não existe a sua culpa. Não se culpe por isso. A questão é não permitir a impunidade.”