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Violência

Adolescente gay afirma ter sido espancado por homofobia após bullying

"Quando olho para trás, deram uma voadora, me jogaram no chão. Minha mãe estava na ligação, falando comigo, e os caras me arrebentando”, disse a vítima

Publicado em 17/02/2022

Um adolescente de 16 anos, que é gay, afirma ter sido brutalmente espancado após sofrer sucessivos episódios de bullying em uma escola de Arujá.

O caso foi no dia 8 de fevereiro na Escola Estadual Ana Maria de Carvalho Pereira, no Jardim Emília, conforme informações do G1. Além das provocações, que eram frequentes, ele conta que chegou a desmaiar na rua após levar socos e chutes por todo o corpo.

Já tem um tempo que esses caras estavam me zoando, chamando de cadelinha, de viadinho, de bicha. Só ficavam me zoando. Eu sofrendo bullying, falava com a diretora e não resolvia. Falei com o Conselho Tutelar e não resolveu. Ela falava que era para eu passar os nomes, mas se eu passasse os nomes, eu ia sofrer no meio da rua”.

Entrei na sala, na segunda aula. Quando me viram, eles começaram a me zoar. Eles falaram que se eu não mudasse de vida, eles iam me catar na rua. Eu falava isso para a diretoria, não faziam nada. Ela queria os nomes de quem estava fazendo isso, mas mesmo assim, eu sabia que ela não ia se intrometer. Ela não quer arriscar a vida dela por aluno”.

“Eles perguntaram pra mim: ‘você mudou de vida?’. Eu perguntei: ‘como assim?’, [eles responderam:] ‘parou de ser gay, tal, essas coisas’. Eu falei que não, que nunca ia mudar só porque eles não aceitam isso. Eles ficaram quietos, ficaram conversando lá trás. Começaram a tacar bolinha de papel, borracha, lápis. Eu tacava neles, eles tacavam mais em mim”.

“Eles escreveram uma cartinha que eles iam me catar lá fora. Eu fui na diretora e falei com ela. Ela falou assim: ‘não, Bruno, você pode ir embora pra casa, não vai acontecer nada’. Quando saio da escola, isso acontece. Não dá cinco minutos que o portão fecha, isso acontece. Aí já era, ferrou de vez”.

“Eles me cataram, começaram a me empurrar. Meu celular caiu no chão. Eles pensaram que eu ia pegar uma pedra para tacar neles, mas não. Peguei o celular e saí correndo para baixo. Quando olho para trás, deram uma voadora, me jogaram no chão. Minha mãe estava na ligação, falando comigo, e os caras me arrebentando”.

Nota da escola

A Secretaria da Educação do Estado de São Paulo destaca que repudia toda e qualquer forma de agressão dentro ou fora do ambiente escolar. A direção disse também que está prestando atendimento à vítima e fez o registro de Boletim de Ocorrência.

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