A Câmara Municipal de Belo Horizonte, em Minas Gerais, oficializou na última segunda-feira (04) a criação da bancada cristã. O grupo formado por 19 vereadores tem como objetivo lutar em projetos da família tradicional e evitar que propostas que envolvam, por exemplo, a “ideologia de gênero” passem pela Casa.
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Inicialmente, a ala iria se chamar Bancada Evangélica, mas após uma reunião, ficou acordado substituir por Bancada Cristã, para englobar também os vereadores católicos. A liderança do grupo será de Jair Di Gregório (PP), a vice-liderança vai ficar com Pedrão do Depósito (PPS) e Autair Gomes (PSC), será o coordenador.
O presidente do conjunto explicou em entrevista ao jornal O Tempo, quais as propostas que serão defendidas por eles. “Defendemos a família, mas têm muitos projetos que interessam muito a nós evangélicos, como o Plano Diretor. Nós teremos que ficar espertos com as normas do uso e da ocupação do solo, já que temos igrejas que não têm condições de se adequarem.” disse ele.
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Gregório ainda afirmou que irão vigiar os artigos colocados pela esquerda nas matérias. “Se a gente não cuidar, daqui a pouco vamos aprovar a ‘ideologia de gênero”, afirmou.
Parlamentares de partidos de esquerda, porém, estão preocupados com a possibilidade de pautas conservadores, acabem avançando no Legislativo. Já que os políticos trabalharam juntos em algumas votações, como a que vetou o Conselho Municipal LGBT.
“Não haveria problema na criação da bancada evangélica, desde que ela não atuasse em favor de medidas que contrariem o princípio da laicidade do Estado. Não é possível que, aqui na Câmara, sejam defendidos projetos que vão na contramão do respeito à diversidade religiosa ou que queiram impor políticas que defendam só uma perspectiva de atuação em relação à sociedade”, declarou Áurea Carolina, do PSOL.