Aos poucos o progresso na discussão de gênero e sexualidade tem ocupado espaço nas instituições de ensino do Brasil. Por exemplo, no processo seletivo para vestibular de 2020 da Unicamp, o número de candidatos trans triplicou.
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Segundo a comissão organizadora do vestibular, Comvest, cerca de 33 pessoas declaradas transexuais se inscreveram no vestibular. Este é três vezes o número de candidatos inscritos em 2016, quando a política foi empregada na universidade.
A nova norma permite que pessoas trans não passem por constrangimentos no momento da prova, por exemplo: assinar a lista de presença com o nome social ou até mesmo usar o banheiro com o sexo que se identifica.
“A nossa orientação para todos os candidatos ao vestibular é que ninguém se sinta constrangido sob nenhum aspecto. Nós sabemos que as pessoas já estão tensas e ansiosas por causa da prova”, disse o o diretor da Comvest, José Alves de Freitas Neto, em entrevista ao portal G1.
E completou: “então fazemos todo o trabalho possível para dar tranquilidade para todos os candidatos, com todas as necessidades e particularidades que cada um deles têm”.
Em tempo, atualmente a universidade conta com 22 alunos transexuais matriculados em sua grade educacional. A adesão do nome social na Unicamp acontece desde o ano de 2012. Para fazer uso do direito, os alunos precisam comunicar a secretaria da universidade.