A cidade de Sorriso, em Mato Grosso, foi palco de um crime violento: o homicídio da travesti Lolly, ou Larissa Valverde (nascido Luis Henrique Ferreira), de 24 anos. No último sábado (15), o principal suspeito de ter cometido o crime, Cleverson dos Santos (ou ‘Zico’), foi preso. A prisão ocorreu após muita pressão da comunidade LGBT local.
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Cleverson foi preso após assaltar um salão de beleza, e ainda tentou omitir sua real identidade, mas confessou o assassinato de Lolly. De acordo com o acusado, ele havia tentado furtar a Paróquia Santa Luzia, e encontrado a travesti em seguida. Os dois foram para um pátio de supermercado, onde passaram a usar drogas, até que Lolly o perguntou se gostaria de ter relações sexuais com ela. Ele negou, e esperou vítima se levantar para começar o ataque.
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Zico cometeu o crime com uma chave de fenda, e, além de desferir diversos golpes, também chegou a mutilar a vítima com a arma, introduzindo-a em seu ânus. O criminou ainda afirmou ter roubado o tênis e alguns outros pertences da travesti, apesar de negar ter pego R$50 de sua bolsa. Duas horas depois do homicídio, Cleverson ainda voltou para ter certeza de que ela estava morta.
Uma das pessoas da comunidade LGBT local que mais exigiu que o crime fosse investigado e punido foi o vereador Maurício Gomes (PSB), primeiro parlamentar gay em uma cidade bem conservadora, no qual considerou que o assassinato de Lolly, além de latrocínio, um ato bárbaro de homofobia, devido ao grau de violência.
Gomes também afirmou que as autoridades devem iniciar, em caráter de urgência, uma campanha contra a homofobia em Sorriso e nas regiões próximas.