De acordo com as medidas vigentes no Irã, a homossexualidade está em conflito com o Código Penal do país desde os anos 1930, que pune qualquer atividade que não seja heterossexual. Militantes estimam que entre 4.000 e 6.000 – gays e lésbicas foram executados no país em decorrência da orientação sexual desde 1979.
Veja também:
- Apesar de recorde histórico, investimento federal LGBTQIA+ ainda é insuficiente
- Legislação transfóbica desafia movimento trans e aliados a investirem em resistência institucional
- Associações defendem direitos de crianças e adolescentes no STF contra lei que censura a Parada LGBTQIA+
- CNJ proíbe discriminação de pessoas LGBTQIA+ na adoção, guarda e tutela
- Enquanto aguarda nomeação de Lula, PGR interina defende direitos de travestis e transexuais presas
- Como ser um aliado de pessoas trans sem invisibilizar e protagonizar seu papel
- Crivella deixa cariocas sem remédio para tratamento da AIDS
- Ex-empresário de Dudu Camargo diz que apresentador quer mudar imagem de gay assediando mulheres
- World Athletics diz que atletas trans não podem ser proibidos de competir em SP
- Assexualidade gera dúvidas e polêmica entre LGBTs
- Quadrinho do Chico Bento mostra conceito de família com casal gay
- Japão testa drogas anti-HIV contra coronavírus em meio a aumento de casos
- Homofobia: professor é espancado e torturado por horas após ter vídeo íntimo vazado
- Coronavírus: precisamos nos alarmar no carnaval? Dr. Maravilha explica
- Presidente Bolsonaro veta propaganda do Banco do Brasil que investia em diversidade
- Ney Matogrosso: o deus camaleônico da música brasileira
- Homofobia Velada
- Professor de Direito do interior da Paraíba é novo Colunista do Observatório G
Contudo, segundo a Anistia Internacional, pelo menos 5 mil gays já foram assassinados no país desde o fim da década de 1970. Trata-se de um dos destinos mais perigosos do mundo para pessoas LGBTQIA+, quando o tema é turismo LGBT+.
Em 2019, o então ministro das Relações Exteriores da República Islâmica do Irã, Mohammad Javad Zarif, justificou a execução de homossexuais. Ele afirmou ter amparo da lei para tal ato e ressaltou que “valores morais” são os pilares da sociedade iraniana.
Nos últimos meses, Alireza Fazeli Monfared, de 20 anos, foi morto por seu irmão e primos em um “crime de honra”, que ainda é tipificado em muitos países. O fato de o jovem ser expulso do exército foi atrelado à homossexualidade e o jovem, que estava pronto para fugir para viver com o seu namorado na Turquia, acabou sendo executado antes.
Em síntese, o sistema político iraniano que, apesar de permitir o voto, não reproduz um regime democrático, mas funde tendências políticas de natureza teocrática e republicana. Com isso, o ‘maior chefe do povo’ é o que eles entendem por divino, o qual determina como o governo e as relações devem acontecer. Adotada como sistema jurídico de Estado no Irã e na Arábia Saudita, a Sharia é uma legislação oriunda do corão, na qual, por meio de suas interpretações, preceitua que os valores tradicionais devem ser seguidos à risca.