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Suicídio

Filho da cantora Walkyria Santos: homofobia pode levar ao suicídio pessoas LGBT ou não

Lucas, que era hétero, havia publicado em seu TikTok um vídeo no qual fazia uma brincadeira com um amigo

Publicado em 05/08/2021

O filho da cantora Walkyria Santos, Lucas Santos de 16 anos morreu nessa terça-feira (3). O empresário e sócio da cantora, Alexandre César, disse que Lucas foi encontrado morto em seu quarto no condomínio onde morava com a mãe, em Natal (RN).

Lucas, que era hétero, havia publicado em seu TikTok um vídeo no qual fazia uma brincadeira com um amigo e, nesse sentido, foi vítima de comentários odiosos nas redes, muitos deles, com teor homofóbico.

A primeira coisa que perpassa nossa mente quando nos deparamos com um ser humano que se suicidou é o seu presumível descontentamento pela vida; a sensação de vazio inexplicável que, inevitavelmente, o transportou para o padecimento melancólico. Mas todo caso deve ser analisado escrupulosamente e individualmente.

Contexto filosófico

Santo Agostinho, em ‘Confissões’, afirmou que a vida é um presente de Deus, logo, não devemos nos desfazer dela por conta própria.

Platão defendia o suicídio quando os acontecimentos circundantes são intoleráveis.

Aristóteles, dono do fundamento que afirma que o homem é um animal político por natureza, enxerga o suicídio como uma ofensa ao Estado. Ao se suicidar, o ser humano abstém-se de suas responsabilidades de cidadão e, por conseguinte, enfraquece ao Estado.

O Psicólogo Felipe Gonçalves, Psicoterapeuta pessoal e de casais, respondeu algumas perguntas sobre o suicídio entre o público LGBT+, que não está desassociado de questões familiares, da culpa, e religiosidade, em uma reportagem nossa de 2019.

“As políticas públicas afirmativas para a população LGBT são extremamente importantes para garantia dos direitos e equidade social com os demais grupos. Precisamos convidar as famílias, a escola e a religião para esse debate, possibilitando espaço de escuta, acolhimento e pertencimento. Precisamos rediscutir os modelos de masculinidades tóxicas em nossa sociedade. A vivência dessas masculinidades é um dos fatores que colaboram para o comportamento suicida em homens, pois desde pequenos, são ensinados a não expressarem suas emoções, na famosa crença de “homem não chora”, e portanto, não lida com suas emoções, dificultando a construção de redes de apoio”.

Homofobia pode levar ao suicídio, independentemente de orientação sexual

O preconceito contra pessoas LGBTs é algo estrutural em nossa sociedade. A família representa, na maioria das vezes, o primeiro núcleo de socialização do sujeito e é nela que o mesmo buscará o acalento e a sensação de pertencimento e, quando não encontra, o sujeito tende a desviar essa busca para alguém mais próximo – professor, avó, dentre outros. Nesse sentido, a homofobia enraizada, que se manifesta em forma de agressão física ou psicológica, pode acometer quem é LGBT ou não, desde que a motivação do agressor seja a aversão à pessoas que não sejam heterossexuais. Já aconteceu de mãe e filha estarem de mãos dadas e sofrerem homofobia, pois o agressor pensou se tratar de um casal lésbico.

Quando a Homofobia, que essencialmente é o ódio à pessoas pertencentes à comunidade LGBT, se transforma em ato, ou seja, quando um homofóbico age com palavras, ou fisicamente, contra um sujeito que não se considera heterossexual, simplesmente por não aceitá-lo assim, isso se torna um crime e está previsto no artigo 20 da Lei 7.716/2018 (crime de racismo).

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