Convidado da edição deste sábado do programa “Aqui com Benja!”, da Fox Sports, o jogador Richarlyson falou sobre a homofobia no futebol e desabafou sobre os rumores a respeito de uma suposta homossexualidade que sempre rodearam a sua carreira.
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“Para quem tem entendimento, para quem tem a cabeça aberta, não vai prejudicar em nada. Mas quem não tem? Imagina minha mãe indo pra qualquer lugar e apontam:
‘olha lá, a mãe do…’. Isso não é legal. Mesmo que eu seja, as pessoas são maldosas, pegam o lado negativo para depreciar as conquistas. Volto a falar que não é negativo, mas usaram de forma maldosa”, lamentou.
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O volante continuou sua crítica ao esporte, que segundo ele não costuma aceitar as diferenças. “O futebol é preconceituoso com tudo. Toda mudança, que não seja o
rotineiro, o convencional do futebol, se torna uma discussão, uma polêmica. Rogério Ceni, por exemplo, ‘ah, esse cara foi para a Inglaterra, vai trazer o futebol da Inglaterra para o
Fortaleza’. Por que não? ‘Ah, ele foi, fez um período de estágio com um alemão’ O que que tem? Há quatro anos atrás, quem foi a campeã (do mundo)? A Alemanha. Alguma
coisa os alemães tinham. Existem pessoas, que não vamos generalizar, que têm pouco conhecimento, mas acham que têm muito, e que acabam atrapalhando o futebol”, disse.
O craque ainda comentou sobre o fato de não estar presente na calçada da fama do estádio do Morumbi, chamada “Caminho dos Ídolos”, apesar de conquistar vários títulos pelo São Paulo. “Isso me magoou. Eu não sou mais que ninguém, mas se é por mérito, na questão de título, de identificação com o São Paulo. Estão jogadores ali
que têm um título só. Eu tenho vários. Qual foi a argumentação que eles tiveram para colocarem esses 99 primeiros? Eu não posso falar uma coisa que eu não sei,
porque não sei qual foi o critério. Talvez o critério seja a torcida, é de diretor que gostava de A + B. Se o critério não é só títulos, aí eles têm o direito que colocarem quem eles
querem”, afirmou.