A informação de qualidade e de forma acessível marcam a Lésbi, revista mineira produzida e voltada para mulheres que se relacionam com mulheres. Devido ao isolamento social em função do Covid-19, o lançamento será virtual e acontecerá no dia 8 de junho, às 19h, pelo Instagram.
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Com recursos da Lei Municipal de Incentivo à Cultura de Belo Horizonte, a publicação contará com duas edições, com impressão de dois mil exemplares, distribuídos em espaços culturais da capital mineira, após o fim da quarentena.
Enquanto isso, a revista impressa poderá ser solicitada de qualquer lugar do Brasil de forma gratuita pelo site e todo o seu conteúdo também estará disponível em www.revistalesbi.com.br.
As mulheres ainda são vítimas de preconceito na sociedade e as suas questões são, em diversos momentos, negligenciadas. Esse fator se torna ainda maior quando são mulheres lésbicas ou bissexuais.
Pensando nisso, a jornalista Ana Luiza Gonçalves reuniu oito profissionais lésbicas e bissexuais de diferentes áreas para construir a Lésbi. A publicação pretende ser um espaço de discussão, visibilidade e representatividade, levando informações, conhecimento e entretenimento a partir de um conteúdo que dialoga diretamente com as suas especificidades.
Para Ana Luiza, a construção da Lésbi se deu devido ao apagamento social de lésbicas e bissexuais, às dificuldades de encontrar informações sobre alguns assuntos específicos ou profissionais capacitados para atendimento voltado para o este público. “A vontade de poder me expressar tranquilamente nos espaços e até mesmo em casa era sempre barrada pelo preconceito.
As idas ao ginecologistas para consultas de rotina, por exemplo, eram acompanhadas pelo medo e também pelo desconhecimento do profissional. Ouvi muito que eu não precisava fazer o preventivo, porque não me relacionava com homens”, aponta.
A revista
Em 2019, a jornalista viu uma boa oportunidade para concretizar o desejo tanto de produzir quanto de levar informações para esse público. Depois de passar por muitas experiências negativas com profissionais e também com a falta de informações sobre assuntos que permeiam mulheres lésbicas e bissexuais, Ana Luiza pensou no projeto com a proposta de distribuição gratuita para conseguir alcançar o maior número de pessoas.
A Lésbi aposta numa narrativa simples para experimentar a aproximação com o público. “As matérias podem também ser relatos da vivência de todas as mulheres da equipe. Elas compartilham tanto com as profissionais e pessoas entrevistadas quanto com as leitoras experiências próprias. Isso pode parecer que o processo da escrita tenha sido mais fácil, mas escrever sobre alguns assuntos é ativar também algumas dores”, comenta Ana Luiza.