O Brasil abre as fronteiras para refugiados de diversos países, desde o Oriente Médio até a África. Alguns deles vêm para o país para fugir de guerras e conflitos, outros vêm para fugir de perseguições – inclusive as homofóbicas e transfóbicas, muito comuns em alguns lugares do mundo.
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A Agência Brasil realizou uma reportagem sobre o assunto e conseguiu entrevistar pessoas que se encontram nessa situação. Uma delas, Lara Lopes, veio de Moçambique para escapar das perseguições que sofria por ser lésbica. Aqui, ela chegou a trabalhar de camareira, mas agora já conseguiu vaga na área de tecnologia da informação.
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A moçambicana lembra de algumas situações marcantes pelas quais passou em seu país de origem, sendo a principal delas em uma delegacia, para onde foi levada junto com a companheira sem qualquer motivo. “[Os policiais] insinuavam-se para ela, por terem interpretado que ali existia uma relação não só de amizade. Falavam coisas no sentido de querer fazê-la entender que seria melhor um homem, no caso ele, do que uma mulher que a levou a estar naquela situação. Aquilo me marcou”, declarou.
Lara também afirma que teve que lidar com a morte de amigas próximas por culpa da homofobia. No Brasil, mesmo sabendo que aqui também há muitos crimes LGBTfóbicos, ela se sente mais segura. “Hoje, se eu sofro algum tipo de agressão, seja física ou psicológica, seja qual for, eu consigo ir a uma delegacia e exigir os meus direitos, diferentemente do meu país. Eu não tenho como fazer isso, porque de vítima eu passo a culpada, porque, na interpretação deles, o que eu estou fazendo é contra as leis familiares, religiosas e morais”, conta Lara.