A condenação de duas mulheres na Malásia uma de 22 e outra com 32 anos, com seis chibatadas cada uma por serem flagradas tentando praticar sexo entre elas no estado conservador de Terengganu, acendeu um alerta para os grupos de ativistas e ONGs que defendem os Direitos Humanos. O caso marcou por ser primeira vez que ocorre uma pena deste tipo que foi presenciada por cem pessoas.
Veja também:
- Apesar de recorde histórico, investimento federal LGBTQIA+ ainda é insuficiente
- Legislação transfóbica desafia movimento trans e aliados a investirem em resistência institucional
- Associações defendem direitos de crianças e adolescentes no STF contra lei que censura a Parada LGBTQIA+
- CNJ proíbe discriminação de pessoas LGBTQIA+ na adoção, guarda e tutela
- Enquanto aguarda nomeação de Lula, PGR interina defende direitos de travestis e transexuais presas
- Como ser um aliado de pessoas trans sem invisibilizar e protagonizar seu papel
- Crivella deixa cariocas sem remédio para tratamento da AIDS
- Ex-empresário de Dudu Camargo diz que apresentador quer mudar imagem de gay assediando mulheres
- World Athletics diz que atletas trans não podem ser proibidos de competir em SP
- Assexualidade gera dúvidas e polêmica entre LGBTs
- Quadrinho do Chico Bento mostra conceito de família com casal gay
- Japão testa drogas anti-HIV contra coronavírus em meio a aumento de casos
- Homofobia: professor é espancado e torturado por horas após ter vídeo íntimo vazado
- Coronavírus: precisamos nos alarmar no carnaval? Dr. Maravilha explica
- Presidente Bolsonaro veta propaganda do Banco do Brasil que investia em diversidade
- Ney Matogrosso: o deus camaleônico da música brasileira
- Homofobia Velada
- Professor de Direito do interior da Paraíba é novo Colunista do Observatório G
A chegada ao poder de uma coalizão reformista após as eleições legislativas de maio deste ano aumentou a esperança de uma evolução positiva envolvendo casos com a comunidade LGBT. Porém, as instituições que acompanham a situação de perto alegam o contrário. Na Malásia, cada estado tem poderes para criar leis baseadas na religião do Islã.
LEIA MAIS:
Eminem é alvo de críticas após xingamento homofóbico para rapper em nova música
Bianca Del Rio recebe críticas depois de fazer piada com estupro
“A punição é chocante e é um espetáculo. Isso representa uma regressão dos direitos humanos”, afirmou Thilaga Sulathireh, ativista do grupo “Justiça para as Irmãs”, ao jornal “The Guardian”.
As condenadas estavam presas desde abril, após serem encontradas dentro de um carro em uma praça pública no estado conservador de Terengganu, no norte do país. Sentadas em um banco, vestidas de branco e com a cabeça coberta com um véu, elas receberam as agressões que fez uma delas chorar por não resistir a dor. Além da punição física, as mulheres também terão que pagar uma multa, cada uma, no valor de R$ 3 mil.