Diversas queixas de repressão policial foram relatadas por pessoas que participaram da 13ª Parada do Orgulho LGBT da cidade de Contagem, em Minas Gerais, que aconteceu no último domingo (06). Muitos participantes usaram as redes sociais para condenar o excesso de força e violência utilizadas pela Polícia Militar no momento de dispersar o público no fim do evento.
Veja também:
- "Morte em Veneza", um filme clássico, sensível e inesquecível
- Apesar de recorde histórico, investimento federal LGBTQIA+ ainda é insuficiente
- Legislação transfóbica desafia movimento trans e aliados a investirem em resistência institucional
- Associações defendem direitos de crianças e adolescentes no STF contra lei que censura a Parada LGBTQIA+
- CNJ proíbe discriminação de pessoas LGBTQIA+ na adoção, guarda e tutela
- Enquanto aguarda nomeação de Lula, PGR interina defende direitos de travestis e transexuais presas
- Como ser um aliado de pessoas trans sem invisibilizar e protagonizar seu papel
- Crivella deixa cariocas sem remédio para tratamento da AIDS
- Ex-empresário de Dudu Camargo diz que apresentador quer mudar imagem de gay assediando mulheres
- World Athletics diz que atletas trans não podem ser proibidos de competir em SP
- Assexualidade gera dúvidas e polêmica entre LGBTs
- Quadrinho do Chico Bento mostra conceito de família com casal gay
- Japão testa drogas anti-HIV contra coronavírus em meio a aumento de casos
- Homofobia: professor é espancado e torturado por horas após ter vídeo íntimo vazado
- Coronavírus: precisamos nos alarmar no carnaval? Dr. Maravilha explica
- Presidente Bolsonaro veta propaganda do Banco do Brasil que investia em diversidade
- Representação de minorias ‒ queerbaiting e futuro da mídia Z
- Mastectomia: o que é e a importância para pessoas trans
A “dispersão” começou às 19h30, quando o evento acabou oficialmente. Houve uso de cassetetes e spray de pimenta, além de ofensas gratuitas e homofóbicas, além da destruição de celulares. Um dos relatos ainda afirmou que policiais recusaram o resgate de um jovem que estava passando mal, com a justificativa de que “isso é mais um desses viadinhos drogados. Não vamos ajudar nada, não”. O jovem acabou sendo socorrido por outra policial e levado por uma ambulância.
Leia Mais:
Tenente transsexual teme veto de Trump à pessoas trans no Exército
Prefeitura de SP exige curso de diversidade sexual para motoristas do Uber
Ao longo da Parada, os policiais já demonstravam a LGBTfobia ao distribuir insultos e assédios. O ativista Gleyk Silveira afirmou que um dos PMs quebrou o seu celular enquanto ele tentava filmar uma agressão, e em seguida também quebrou seus óculos. “Um dos policiais se virou e deu uma porrada no meu celular. Tentou me dar outra, eu me virei, bateu nos meus óculos e quebrou”, declarou.
Já o presidente da ONG Cellos Contagem, Anderson Cunha Santos, exigiu apuração. “Para nós isso não foi um incidente. Os relatos é de que a polícia intervia não só com violência, eram agressões verbais também. Policiais depreciavam as pessoas por conta da sua orientação e identidade de gênero, deixando bem claro a LGBTfobia. A gente quer respostas e apuração dos fatos”, afirmou ele. A organização da Parada denunciou o caso, que aguarda análise na Ouvidoria de Polícias de Minas Gerais.