Primeiro apresentador gay da MTV, Max Fivelinha ficou muito famoso pelo seu jeito excêntrico no início dos anos 2000, quando as políticas para a comunidade LGBT não eram algo tão representado na mídia. Atualmente, o VJ se aposentou aos 55 anos e mora em um sítio em Camanducaia, no sul de Minas Gerais, e cuida de plantações e animais, virando referência na criação de galinhas da Angola.
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Em entrevista ao Notícias da TV, ele revelou que sempre fez o seu pé de meia. “Desde que eu estreei na televisão, fui me preparando. Não adianta se deslumbrar muito. Juntei umas economias pra poder me manter e me aposentei. A vida inteira paguei o INSS [Instituto Nacional do Seguro Social], todo mundo devia fazer isso. Além de me preparar psicologicamente, espiritualmente cuidei para não deixar que o meu trabalho de televisão fosse mais importante do que qualquer outro trabalho nem mais importante do que eu”, afirmou.
Sobre a passagem pelo canal musical, Max lembra que iniciou sua trajetória na TV após muita insistência do amigo Cazé Peçanha e da direção da emissora, mas pediu demissão em 2003 após longos períodos fora do ar. “Eu tinha vários períodos na geladeira, que duravam meses. A direção sempre dizia que a audiência me adorava, mas eu ia ficar para a próxima estação. Então, às vezes, eu ficava até seis meses parado, para voltar só no verão isso me cansou um pouco”, confessou.
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De lá para cá viveu uma experiência na rádio Mix, e em 2012 apresentou na TV da mesma empresa o Max Fashion Show, que ficou no ar até 2016. “Eles me mandaram embora por questão de economia, foram cortando. Mas sempre me valorizaram, me respeitaram, assim como na MTV. Eu nunca imaginei que eu passaria daquele primeiro ano em que eu assinei contrato e deixei de ser maquiador. E passei, fiquei 17 anos no ar.”, disse orgulhoso.
Apesar de não ter planos para voltar à TV, Max Fivelinha acredita que ainda há espaço na TV. “Uma coisa que eu adoraria fazer e acho que me encaixaria é como repórter do Vídeo Show. Eu não daria o menor trabalho para a direção e faria com gosto. Queria fazer uma coisa incrível ali, acho que é possível criar muito mais do que se cria”, analisou ele que também manifestou o desejo de participar de um filme no cinema.
“Também adoraria fazer um filme com o Paulo Gustavo, com a Samantha Schmütz, sou muito fã dos dois, eles são incríveis. Eu acho que a televisão parou comigo, mas eu não parei com ela. Ainda acredito que vou fazer alguma coisa”, acredita.
O apresentador gay Max Fivelinha em seu sítio em Comanducaia (MG) (Foto: Divulgação)