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Pré-candidato debate com DJs o futuro das baladas LGBT

Publicado em 04/09/2020

Um espaço seguro que deixou de existir de um dia para o outro. Além de um lugar de lazer, baladas LGBT servem também de refúgio para milhares de pessoas que não podem se divertir com tranquilidade em outros estabelecimentos ou eventos. Com a pandemia causada pelo novo coronavírus, muitas casas noturnas voltadas para o público LGBT tiveram, obviamente, que fechar as suas portas, causando impacto na vida de trabalhadores e frequentadores da noite.

O impacto do novo coronavírus na vida destas pessoas foi tema de debate entre o jornalista e ativista LGBT William De Lucca, pré-candidato a vereador de São Paulo pelo PT, e os DJs e produtores culturais Leo Villardi e Alcimar. No encontro virtual, eles debateram as consequências do fechamento das casas, o papel do poder público e a importância da representatividade.

“Ninguém entende o quanto é difícil sair de casa de mão dada e ficar olhando para os lados para saber se eu posso continuar de mão dada ou não. Nossas dores e delícias só quem sabe é a gente”, afirmou De Lucca, ressaltando o papel das festas e baladas como espaços seguros para a diversidade sexual.

Para Alcimar, a pandemia tem causado efeitos psicológicos também em quem costuma aproveitar estes eventos para se expressar de forma plena.

Eu conheço pessoas que saem de casa com uma roupa, no meio do caminho passam na casa de um amigo, trocam de roupa e vão para a balada! Aí curtem e voltam para casa com outra. [Em outros lugares] a pessoa não se sente à vontade nem de vestir o que ela quer! Então essas pessoas estão sufocadas, estão em casa sofrendo muito mais que uma grande parcela. Não que os outros não estejam, todo mundo está passando por uma situação muito difícil, mas essas pessoas são um caso à parte que a gente tem que dar uma atenção”, afirmou.

Leo Villardi fez coro ao ressaltar a real possibilidade de discriminação e constrangimento que uma pessoa LGBT pode ser submetida em ambientes que não estejam devidamente preparados para isso.

A maioria das pessoas só pode ‘ser LGBT’ naqueles espaços, e isso influencia diretamente na vida das pessoas, que só tinham esses espaços para ser quem elas são – e agora não tem mais nem isso. E a gente sabe que a gente não é tão bem-vindo assim em outros lugares. Existir naqueles espaços LGBT é uma forma de resistência como um todo. É tirar mais que só o entretenimento: é tirar uma parcela considerável da vida dela. E não ter uma previsão para isso voltar, mexe muito com a cabeça das pessoas”, completou.

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