Na última semana, a Comissão de Diversidade e Gênero da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) de Minas Gerais informou que irá apurar as publicações do pastor André Valadão, da Igreja Batista da Lagoinha.
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Em resposta a um seguidor, Valadão teria dito que a igreja não é lugar para homossexuais. Com a repercussão negativa de sua fala, o pastor teria apagado a mensagem. “Entendi. São gays. A igreja tem um princípio bíblico. E a prática homossexual é considerada pecado. Eles podem ir para um clube gay ou coisa assim. Mas, na igreja, não dá. Esta prática não condiz com a vida da igreja. Tem muitos lugares que gays podem viver sem qualquer forma de constrangimento. Mas na igreja é um lugar para quem quer viver princípios bíblicos. Não é sobre expulsar. É sobre entender o lugar de cada um”, escreveu o pastor.
Em entrevista ao portal G1, a vice-presidente da comissão da OAB, Emilia Viriato, disse que a fala de André Valadão não foi somente uma injúria, pois atingiu todo um grupo de indivíduos com o seu preconceito. Desde junho do ano passado, após decisão do Supremo Tribunal Federal (STF), declarações homofóbicas e transfóbicas podem ser enquadradas no crime de racismo, que é imprescritível e inafiançável.
“Ele fala que todos os gays não podem participar. André Valadão atingiu a coletividade. A comissão vai tomar providências, sim. Nós vamos apurar os fatos, é uma questão de direito. É um ato que ocorreu publicamente em redes sociais e, mesmo tendo sido apagado, mediante análise de tudo isso, vamos fazer um parecer e entrar em contato com o Ministério Público de Minas Gerais (MPMG)”, afirmou a vice-presidente Emilia Viriato.