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PM pede afastamento após sofrer ataque na web por vídeo no qual beija outro homem em Metrô

Publicado em 03/07/2018

Um soldado da Polícia Militar (PM) pediu afastamento médico na sexta-feira (29), após a repercussão negativa de um vídeo no qual aparece fardado dando um “selinho” em outro homem durante uma viagem no vagão da Linha 3 – Vermelha do Metrô de São Paulo.

Em entrevista ao G1, Leandro Prior explicou que tomou a decisão depois que recebeu muitos comentários homofóbicos e ameaçadores após a divulgação das imagens. “Acabaram com a minha vida. Hoje eu estou afastado, passei no médico. Não é só a homofobia o problema, é mais grave que isso, estou sofrendo ameaças de morte”, contou ele por telefone.

O policial teme que o burburinho causado pela divulgação do vídeo atrapalhe sua carreira na PM, onde atua há quatro anos. O ataque o deixou tremendamente abalado a ponto de ter que se internar em uma clínica de repouso desde o sábado (30).

O advogado de Prior, José Beraldo, informou que será registrado um Boletim de Ocorrência (B.O.) sobre o caso. “É um crime cibernético. Vamos estudar que medidas adotaremos para que o Google e o Facebook nos ajudem a identificar o autor do vídeo e as pessoas que estão fazendo ameaças de morte. Queremos que o material seja retirado da internet”, afirmou.

“Foi um beijo entre amigos, um selinho, nada lascivo”, defendeu. “Ele está sendo perseguido, ele é vítima de crime de ódio. É um policial do bem, uma pessoa do bem. Vamos fazer de tudo para que ele permaneça na polícia”, completou.

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Em nota, a Policia Militar disse que o “o policial procurou o serviço médico da instituição e foi encaminhado para tratamento de saúde, por isso está afastado”, acrescentando que as mensagens e natureza homofóbica direcionadas ao soldado serão apuradas. “Além da investigação, a instituição colocou à disposição do policial militar medidas protetivas, por meio do Programa PM Vítima, da Corregedoria”, continua o texto.

A conduta do PM dentro do vagão, enquanto estava em exercício da profissão, por estar utilizando o uniforme da corporação, será investigada de maneira puramente administrativa por demonstrar “postura incompatível com os procedimentos de segurança que se espera de um policial fardado e armado, que exigem que esteja alerta”, ressalta ainda o comunicado.

De acordo com o advogado de Prior, ele deve retornar ao trabalho, já no dia 11. “Ele está internado em uma clínica de repouso para tratamento psiquiátrico. Está se recuperando das agressões que sofreu, que foram graves. Logo ele retornará ao trabalho”, finalizou.

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