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O que os LGBTs do Brasil podem aprender com a “burrice” de Caitlyn Jenner nos EUA?

Publicado em 26/10/2018

Durante a campanha presidencial dos Estados Unidos em 2016, a transexual pertencente ao renomado clã Jenner/Kardashian, Caitlyn Jenner, polemizou ao declarar apoio ao candidato da extrema direita, Donald Trump, conhecido por sua ideologia retrógrada e profundo desprezo pelos direitos humanos e minorias sociais, inclusive e principalmente a comunidade LGBT.

Contrariando ativistas do movimento arco-íris e todos os sinais que indicavam um arrependimento futuro que, infelizmente se concretizou, Caitlyn votou e reafirmou sua simpatia com o lobo mau travestido em pele cordeiro.

És que o lobo colocou as garras para fora e agora ameaça “comer” – nesse caso inviabilizar – a existência dos transgêneros nos EUA, em uma medida que, se sancionada, afetará diretamente a vida de mais de 1 milhão de transexuais na “maior democracia do mundo”.

Sim, Caitlyn Jenner tem culpa nisso, afinal ela, enquanto mulher trans, preferiu andar de braços dados com o inimigo, a conceder um voto crítico em quem, pelo menos, era simpatizante à classe LGBT – no caso, a democrata Hillary Clinton.

Mas, afinal, o que nós, LGBTs brasileiros, podemos aprender com a cagada de Jenner?

Pesquisa do instituto Datafolha divulgada na última quinta-feira, 25, apontou que, entre o público LGBT votante em 2018 no Brasil, Jair Bolsonaro soma 29% das intenções de voto entre essas pessoas – um percentual que parece pouco, mas não é. Sobretudo se levarmos em consideração o ódio do candidato à comunidade arco-íris, por ele já expressado em diversas ocasiões.

Oras, Bolsonaro já afirmou em mais de uma, duas, três, ocasiões que pretende governar o Brasil, caso seja eleito, nos mesmos moldes que Donald Trump, e assim como o magnata republicano, o militar brasileiro já preferiu inúmeros discursos LGBTfóbicos, mas agora, no auge da disputa eleitoral, ele posa de defensor do movimento, embora jamais tenha votado favorável a qualquer pauta à Comunidade em seus 28 anos de vida pública.

Não se deixem enganar, é mais um lobo em pele de cordeiro!

Entre esses 29% de LGBTs que votam em Bolsonaro, praticamente nenhum tem a mesma expressividade pública que Caitlyn. Teve o caso do maquiador Agustin Fernandez que apoiou publicamente o ex-deputado e, ainda, até caçoou da violência sofrida por seus semelhantes e ironizou os discursos de ódio de seu candidato.

Espero, sinceramente, que caso Bolsonaro seja eleito, não tenhamos que no futuro ouvir e ver novas “Caitlyn Jenner” ou mesmo “Agustin Fernandez” lamentando o voto no inimigo. Mas se isso acontecer, não terá sido por falta de aviso – como também não faltou para a socialite.

Ainda dá tempo de pensar e repensar seu voto. Ainda é possível fugir do lobo e conceder um voto crítico a quem, pelo menos, não discursa contra os seus direitos e tem um vasto histórico de homofobia nesses vários anos de vida pública. Por isso, pela sobrevivência dos LGBTs, pela garantia dos direitos dos LGBTs, ele não!

 

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