Alessandra Mussolini, neta do ditador italiano Benito Mussolini, saiu em defesa da comunidade LGBT+. O apoio da ex-senadora surge em meio ao debate sobre a criminalização da LGBTfobia na Itália.
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“Entrei numa campanha por uma batalha que considero mais que justa. Nada de extraordinário, entre outras coisas, já que sempre foi o fio condutor da minha existência. Hoje, mais do que nunca, devemos lutar juntos contra as muitas discriminações que, infelizmente, ainda existem”, declarou Mussolini em entrevista à revista italiana Chi.
Por meio do Instagram, explicitou a bandeira arco-íris e defendeu o direito da liberdade. “Mudar significa ser livre”, diz a legenda . O projeto de lei anti-homofobia é de autoria do deputado Alessandro Zan, e visa incluir a homofobia e a transfobia nos itens do Código Penal que punem atos de violência e discriminação por motivos raciais, étnicos ou religioso.
Durante o fascismo na Itália, um grupo de homens rotulados de “degenerados”, foram expulsos de casa e internados em uma ilha. Em torno de 1930, por exemplo, Benito Mussolini se esforçava para conseguir suprimir a homossexualidade. O intento, segundo estudiosos, era propiciar na Itália uma imagem de virilidade e masculinidade, ao passo que gays “atrapalhavam nesse sentido”, segundo o ditador. “Fascismo é um regime viril. Portanto, os italianos são fortes e masculinos, e é impossível que a homossexualidade possa existir no regime fascista”, disse o professor de história da Universidade de Bergamo, Lorenzo Benadusi.
Já Alessandra protagonizou um embate, em 2006, com um ativista LGBT no qual polemizou. “Melhor ser fascista do que ‘bicha'”, disse ela.