Nesta quinta-feira (30), a modelo Beatrice Luigi Gomez superou outras 27 candidatas durante a noite de coroação do Miss Universo Filipinas e terminou o evento sendo a vencedora da coroa. A vitória de Beatrice se tornou um dia histórico, não somente para o concurso, mas também para a comunidade LGBTQIA+, afinal, ela é a primeira participante abertamente bissexual a vencer a competição, além disso Gomez é não binaria e queer.
Bea, como a modelo é chamada por seus amigos, irá representar as Filipinas no Miss Universo 2021, que acontecerá em dezembro deste ano, em Israel. Logo após ter sido coroada, passou a receber críticas, principalmente vindas de pessoas religiosas, no entanto, a rainha da noite nunca se deixou ser intimidada pelas críticas as quais recebe.
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Em 2020, Gomez fez uma publicação através de seu perfil no Instagram falando a respeito desses tipos de comentários. “Quando as pessoas me condenam porque dizem que não é o que a Bíblia diz, de alguma forma sempre me lembra que ser capaz de dizer quem eu sou no palco, na frente de milhares de pessoas, era o que Deus queria que eu fizesse” disse.
Ao falar sobre as pessoas da comunidade LGBTQIA+ que sofrem discriminação, em uma matéria publicada pelo Cebu Daily News, a Miss Universo afirmou que espera que essas pessoas deixem de passar por esse tipo de situação. “Assim como todos esperam no LGBTQIA +, eu aspiro por aceitação e inclusão — especialmente direitos iguais e proteção para a geração mais jovem, que muitas vezes sofre com bullying e diferentes formas de violência. Eles são deixados à própria sorte, especialmente aqueles que são oprimidos pelos próprios pais” afirmou Bea.
Também em uma publicação, Beatrice disse se identificar tanto com o masculino, quanto com o feminino ao mesmo tempo, “Às vezes sou Beatrice/Bea, outras vezes, sinto que sou Luigi. É sobre ser feminino e masculino ao mesmo tempo” disse em publicação.