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Mundo

LGBT e o grupo que assumiu poder no Afeganistão, Talibã

A crueldade cometida em nome de Deus

Publicado em 17/08/2021

O grupo armado Talibã, que se consolidou nos anos 90, ou “estudantes” segundo a tradução da língua pashtun, estabeleceu um regime fundamentalista seguindo a interpretação mais severa da Sharia. O Talibã, no entanto, tomou a capital afegã, Cabul, neste domingo (15), 20 anos após o grupo extremista ser expulso por tropas dos EUA.

Nesta terça-feira (17), um porta-voz do Talibã, Zabihullah Mujahid, concedeu entrevista coletiva na qual, usando um tom mais acurado, enfatizou que o grupo não quer vingança, mas seguirá os preceitos do Islã, isto é, a religião será o norte e só o futuro dirá como isso se delimitará. “As mulheres serão muito ativas na sociedade, mas dentro da estrutura do Islã”, afirmam os representantes do Talibã. No comando entre os anos de 1996 e 2001 as leis foram intensamente severas.

O Islamismo segue a Sharia, que é uma legislação oriunda do corão, na qual, por meio de suas interpretações, preceitua que os valores tradicionais devem ser seguidos à risca. O ‘maior chefe do povo’ é o que eles entendem por divino, o qual determina como o governo e as relações devem suceder. O Afeganistão figura entre países onde ser homossexual é um crime. Lugares nos quais ser LGBT equivale a uma pena de morte – Mauritânia, Emirados Árabes, Paquistão e Afeganistão são exemplos.

Em julho, o BILD, conforme reportamos, conseguiu se encontrar com um juiz talibã na fronteira entre áreas controladas pelo governo afegão e áreas controladas pelo Talibã. Em seu depoimento, ele relata abertamente o que acontece nas regiões do Afeganistão que estão sob controle do Taleban. “Para homossexuais, só pode haver duas punições: ou apedrejamento ou ele deve ficar atrás de um muro que cairá sobre ele. A parede deve ter 2,5 a 3 metros de altura“, diz o juiz Talibã.

Após a retirada completa das tropas internacionais, os islâmicos estão em ascensão e é bem provável que a versão mais radical da sharia seja infelizmente implementada no país.

Muita gente diz que a religião e a palavra divina do islã por si sós não são atrozes, que é uma questão de interpretação do livro, mas os números são assustadores. De acordo com as medidas vigentes no Irã, por exemplo, a homossexualidade está em conflito com o Código Penal do país desde os anos 1930, que pune qualquer atividade que não seja heterossexual. Segundo a Anistia Internacional, pelo menos 5 mil gays já foram assassinados no país desde o fim da década de 1970. Trata-se de um dos destinos mais perigosos do mundo para pessoas LGBT. O sistema político iraniano que, apesar de permitir o voto, não reproduz um regime democrático, mas funde tendências políticas de natureza teocrática e republicana, se avulta radical. Em 2019, o então ministro das Relações Exteriores da República Islâmica do Irã, Mohammad Javad Zarif, revelou ter amparo moral para executar homossexuais.

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