Em 2019, aqui no Brasil, o projeto de lei (PL 346/2019) causou barulho, por querer impor que os critérios para decidir quem compete nas categorias masculinas e femininas sejam apenas o sexo biológico. “O sexo biológico será o único critério definidor do gênero dos competidores em partidas esportivas oficiais no Estado de São Paulo, restando vedada a atuação de transexuais em equipes que correspondam ao sexo oposto ao de nascimento”, dizia o texto, que foi contraposto por especialistas de estudo de gênero.
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No mundo o debate sempre reacende. Laurel Hubbard, por exemplo, halterofilista abertamente transgênero a competir nas Olimpíadas Nova Zelândia, demarcou uma polêmica estrondosa no país. O conservador britânico Piers Morgan destacou que a inserção de Laura na categoria seria injustiça com as mulheres cis. Ela se classificou para os jogos olímpicos de Tóquio, que foram adiados de 2020 para julho e agosto deste ano. De acordo com veículos internacionais, como o britânico The Guardian e o site especializado Inside The Games, ela está classificada para a categoria superpesada (acima de 87 kg) do levantamento de peso.
“O nível de testosterona é apenas uma pequena informação sobre o quadro geral. Acho que o Comitê Olímpico nem pensou sobre a sensibilidade e medidas de sensibilidade”, disse Dick Swaab, professor de neurobiologia da Universidade de Amsterdã que estudou a química cerebral da identidade de gênero. Isto é, segundo especialistas, o nível de testosterona pode se alterar, de acordo com a pessoa e com a própria transição feita. Uma mulher trans que tenha iniciado a sua transição antes da puberdade, provavelmente não terá nenhuma vantagem quando comparada à mulheres cis.
“No geral, as discussões, até agora, confirmaram a considerável tensão entre as noções de justiça e inclusão, e o desejo e necessidade de proteger a categoria feminina”, disse o COI à CNN.