Ana Brnabic havia sido indicada ao cargo de primeira-ministra da Sérvia no começo do mês, pelo presidente Aleksandar Vucic. A possibilidade de uma mulher – e assumidamente lésbica – em um cargo tão alto do governo sérvio se concretizou nessa quarta-feira (28), quando a parlamentar tomou posse.
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Entretanto, apesar de ter parecido um avanço para grande parte da comunidade internacional, a primeira-ministra não recebeu muito apoio de qualquer lado em seu país. Os conservadores consideraram que o ato foi “parte de uma trama ocidental degenerada”, e a comunidade LGBT e a esquerda a veem como um fantoche do presidente.
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Isso tem a ver com o fato de que, além de ter Vucic como praticamente seu único eleitor, segundo as críticas, Ana também deixou claro em inúmeras ocasiões que ela não irá se posicionar como ativista pelos direitos LGBT na Sérvia.”Não sou porta-voz da comunidade LGBT. Não quero ser rotulada como a ministra gay, assim como meus colegas não querem ser definidos essencialmente como sendo héteros”, disse em entrevista a Vice Sérvia.
O próprio presidente também considera a orientação sexual de Ana um assunto dispensável, e os críticos apontam que Vucic deve utilizar Ana para dar continuidade ao seu estilo de governo. A ativista de justiça social, Zoe Gudovic, comentou: “Eu lhe dou crédito por despedaçar a noção profundamente enraizada de como uma mulher na mais alta posição do governo deve ser, o que deve vestir e como deve se comportar nesta sociedade homofóbica”.