O transformista Walteres Peixoto morreu na terça-feira (09), no Hospital Regional Chagas Rodrigues, na cidade de Piripiri – a 158 km de Teresina – dois dias depois de ser encontrado com sinais de espancamento próximo à BR-343. As informações são do G1.
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Um exame de raio-x constatou que a vítima sofreu uma lesão no crânio durante o ataque. Ele estava há dois dias em coma até ir a óbito. De acordo com Lucivânia Vidal, delegada que estuda o caso, o rapaz foi encontrado por populares no domingo (07), desacordado e com graves ferimentos na cabeça.
“O que me causa estranheza é por que somente ontem ficamos sabendo desse caso. Já que no domingo a família tomou conhecimento”, declarou ela, que ainda informou que um grupo do movimento LGBT que notificou a Polícia sobre o caso.
O presidente do Grupo Gay de Piripiri (GGP), Gerson Renato, foi o responsável por comunicar a Polícia Civil sobre a morte de Walteres, assim que soube. “Quando soube fui para o necrotério, e lá fiquei sabendo que ele estava na cidade, que estava no hospital em coma. Depois disso fui comunicar à delegacia”, relatou.
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O ativista conta que o artista atuava como drag queen, e no momento morava em Teresina, mas estava na sua cidade-natal no último final de semana. Ele já havia sofrido tentativa de homicídio outras duas vezes. Em uma delas, o GGP realizou ima campanha beneficente para ajudar a família do performer para custear o tratamento. “Uma vez foi tiro e em outra ele levou umas facadas”, lembrou Gerson.
A polícia trabalha com duas linhas de investigação, e uma delas seria a homofobia como motivação para o crime. “As provas fluem em questão de minutos, de horas, ainda mais em três dias. Mas eu já iniciei minha investigação. Não estou somente olhando pelo lado da homofobia, mas não estou descartando nada”, afirmou Lucivânia.