Lana Santucci, mulher trans, popularizou- se na web especialmente no segmento de jogos, por romper barreiras do preconceito e conseguir se consolidar no meio. Em entrevista ao Extra, ela discorreu sobre este processo, sua vida afetiva e planos.
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“Eu digo que a vida não dá reviravolta, ela capota. Já passei por tantas coisas nesses 25 anos que é difícil de acreditar. E sigo assim”, reflete Lana, que completou 25 anos nesta sexta-feira, (14).
Começou seu processo de transição aos 20 anos, na escola era acometida por comentários odiosos. Hoje ela reconhece que é essencial incentivar a representatividade, mas quer ser vista, sobretudo, como uma mulher normal. “É importante, mas isso também é cansativo, porque cria um estigma, uma caixinha onde estamos enquadradas. Quando eu só quero ser tratada como a mulher que sou, sem que isso ‘venda’”.
Promissora em todas as áreas, Lana namora o tatuador Estevan Vicent, um homem trans “Sei que às vezes pode parecer confuso. Mas não me preocupo em ter que explicar isso. Há sete meses temos um relacionamento maravilhoso, em que nos entendemos só pelo olhar. Vivemos realidades muito parecidas, nossas transições de gênero. Sei o que ele sentiu e ele sabe o que senti. Quando a gente sai, chama atenção. Muito mais pelo biótipo. Eu tenho 1,83m de altura e ele, 1,62m. A sociedade não está preparada nem para uma mulher mais alta que um homem”, analisa, ela que deseja, num futuro, ser mãe: “E a gente poderia ter um nosso, biológico. Ele pode engravidar, e tudo bem. Não serei menos mãe porque não gerei. São paradigmas que estão aí para serem quebrados no século 21”.