A justiça do Distrito Federal deu parecer favorável ao ativista de Direitos Humanos Maurício dos Santos Martins que deve receber uma indenização no valor de R$ 7 mil da empresa Urbi Mobilidade Urbana por ouvir comentários homofóbicos feitos por funcionários da companhia em um ônibus da capital Brasília.
Veja também:
- Apesar de recorde histórico, investimento federal LGBTQIA+ ainda é insuficiente
- Legislação transfóbica desafia movimento trans e aliados a investirem em resistência institucional
- Associações defendem direitos de crianças e adolescentes no STF contra lei que censura a Parada LGBTQIA+
- CNJ proíbe discriminação de pessoas LGBTQIA+ na adoção, guarda e tutela
- Enquanto aguarda nomeação de Lula, PGR interina defende direitos de travestis e transexuais presas
- Como ser um aliado de pessoas trans sem invisibilizar e protagonizar seu papel
- Crivella deixa cariocas sem remédio para tratamento da AIDS
- Ex-empresário de Dudu Camargo diz que apresentador quer mudar imagem de gay assediando mulheres
- World Athletics diz que atletas trans não podem ser proibidos de competir em SP
- Assexualidade gera dúvidas e polêmica entre LGBTs
- Quadrinho do Chico Bento mostra conceito de família com casal gay
- Japão testa drogas anti-HIV contra coronavírus em meio a aumento de casos
- Homofobia: professor é espancado e torturado por horas após ter vídeo íntimo vazado
- Coronavírus: precisamos nos alarmar no carnaval? Dr. Maravilha explica
- Presidente Bolsonaro veta propaganda do Banco do Brasil que investia em diversidade
- Anti-herói queer ganha adaptação na Netflix
- Transfobia no mercado de trabalho
- Brasileirão Série B 2024 começou! Tudo o que precisa saber
O episódio aconteceu em 2017, dentro de um veículo da linha 53. O jovem, de 25 anos, utilizava uma camiseta do movimento LGBT e passou a ouvir frases discriminatórias desde que entrou no transporte coletivo. “para mim são todos doentes mentais. É problema espiritual e mental. Os gays só vão parar com essa safadeza quando a mão de Deus pesar sobre eles”, foi um dos exemplos dos insultos que ele foi obrigado a ouvir.
“Eles estavam super agressivos e desatualizados, me senti ofendido. Mesmo homofobia não sendo crime no Brasil, é importante mostrar que passa a ser quando ofender alguém”, contou Martins em entrevista ao Jornal de Brasília.
LEIA MAIS:
Flagra de KJ Apa exibindo volume avantajado durante malhação viraliza nas redes sociais
Estudante de direito se torna o 1º trans a defender um TCC em universidade do Pará
A vítima filmou toda a ação com o seu celular e registrou o Boletim de Ocorrência (B.O.) como injúria preconceituosa por orientação sexual e seguiu o processo até entrar em uma conciliação com a empresa, nesta quinta-feira (19).
Nas quatro audiências do processo, a Urbi sempre negou o ocorrido, mesmo com a existência das imagens e depoimentos de testemunhas. Nesta última, entretanto, ambas as partes entraram em um acordo. Além da indenização, ele também foi convidado a fazer palestras para os rodoviários sobre como tratar membros da comunidade LGBT durante o expediente de trabalho. Apesar do acordo, a ação judicial foi arquivada sem que os rodoviários ou a empresa assumissem a culpa.