Como noticiamos anteriormente, Felipe Augusto Milanez — de 23 anos — recebeu 17 facadas de aproximadamente 10 pessoas, no dia 7 de outubro em Brazilândia, no Distrito Federal. Tudo isso aconteceu às 2h, na saída de uma festa. O crime de homofobia deixou marcas físicas e emocionais.
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De acordo com relato da vítima ao G1, três pessoas começaram o xingando na Rua do Lago e em seguida tomou uma facada na cabeça. Ao reagir, dando um soco, recebeu mais outras 16 no ombro, no joelho e no peito, além de chutes, socos e verem cortando seu cabelo.
Ao portal, revelou mais detalhes sobre o que passou: “Durante todo o tempo em que me espancavam, eles gritavam que era menos um homossexual. Eu vou falar homossexual para não ser tão baixo quanto as coisas que eles diziam. Eles me tratavam no feminino. De todas as formas. De mulherzinha. Eu acredito que pelo fato de estar com um amigo e abraçado a ele”.
Por conta isso ficou internado durante 8 dias num hospital, para se recuperar dos ferimentos. Na terça-feira (29), desabafou sobre o ataque: “É um trauma. Eu não consigo dormir, não consigo sair na rua. Eu não sei explicar pra você o que eu sinto, o que passa pela minha cabeça. Como podem tripudiar o ódio dessa forma? Eu não consigo entender. Estou aqui para mostrar para muita gente que a homofobia mata”.
Apesar da mensagem incentivadora, Felipe decidiu sair do Distrito Federal e muito em breve estará em outro estado. A 18ª Delegacia de Polícia, da região administrativa de Brazilândia, ficou com a investigação do caso. A Comissão de Direitos Humanos da Câmara Legislativa do DF tem acompanhado.