Marcos Pascoal, estudante de psicologia, foi às mídias sociais relatar uma situação vexatória a que foi submetido no supermercado Walmart, na noite de sábado (19), no bairro de Itapuã, em Salvador.
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“Eu estava entrando no supermercado com minha amiga, na porta tinha um funcionário com deficiência, que na hora que fui entrar, apontou para o meu short e fez sinal de negativo, de que eu não poderia entrar ali. Eu de primeira não entendi, achei que fosse uma brincadeira de tamanho absurdo, olhei para o lado e estava um segurança, que não me respondeu nada”, contou Marcos Pascoal.
“Eu questionei, ‘oxente’ o short? Eu questionei, mas como a pessoa não falava, ela só se comunicava através de gestos, mas gestos foram suficientes para poder não deixar eu passar. Eu coloquei mais um pé para tentar entrar e ele fez o sinal novamente”.
“As pessoas estavam passando no momento, tinham pessoas pagando no caixa, o caixa fica perto da porta, a gente estava sendo encarados, uma situação ruim. Eu abaixei o short de tanta vergonha e ainda assim não estava bom para a pessoa que estava na porta, que era esse funcionário. Ai ele fazia o sinal de negativo também”, contou.
“Eu abaixei ainda mais e ele fazia o sinal de negativo. Eu entrei mesmo assim, vi várias pessoas com o short curto lá dentro, mulheres inclusive, com o short mais curto que o meu e isso me deixou possesso, indignado, porque eu já fui outras vezes nesse mercado e vejo homens com short curto, mulheres e por que eles não são barrados? O que eu tenho diferente para ser barrado?”, questionou o rapaz, que destacou que foi apontado como mau exemplo para crianças que estavam no recinto.
Pronunciamento da empresa
O Grupo BIG, responsável pela administração do supermercado, informou, por meio de uma nota, que tomará as medidas viáveis para o caso, enfatizou também que repudia situações de preconceito e que estará à disposição para qualquer assistência necessária.