
Uma análise que costuma ser divulgada anualmente pela escola de Comunicação e Jornalismo, da University of Southern de Califórnia registrou a representação que as mulheres e minorias tiveram nos 100 filmes mais lucrativos de Hollywood no ano de 2016. E os resultados divulgados pelo site AthosGLS não foram nenhum pouco animadores para as mulheres, negros, indivíduos LGBT ou para as pessoas com deficiência.
Entre os números levantados em cima dos 4.583 personagens analisados cerca de 71% dos personagens eram brancos e apenas 31% eram mulheres que tinham diálogos na história – ou seja, sem contar as figurantes e as personagens coadjuvantes. Já os deficientes físicos foram representados em apenas 2% dos personagens com falas.
E a representação de personagens LGBT, conseguiu ser a mais baixa de todas: apenas 1% dos personagens com falas eram assumidamente gays, lésbicas ou transexuais. Na pesquisa inclusive só houve registro de um único filme com gays como protagonistas: Moonlight – Sob a Luz do Luar, vencedor do Oscar de melhor filme.
“É impossível olhar para esses dados sem concluir que muitos dos protestos fora das telas sobre a representatividade nos últimos anos não têm obtido sucesso. Isso significa que a omissão de diferentes grupos ainda é aceitável para alguns – basta assistir aos filmes para ter uma visão dos Estados Unidos que não existe mais. Os filmes traçam um retrato alarmante de exclusão” afirma a pesquisadora Stacy L. Smith, líder do projeto.