A Fundação Armando Álvares Penteado (Faap), considerada uma das faculdades mais caras de São Paulo, amanheceu na última terça-feira (25) com uma sala de aula do curso de comunicação depredado com manifestações de cunho homofóbico e a favor da ditadura militar.
Veja também:
- Apesar de recorde histórico, investimento federal LGBTQIA+ ainda é insuficiente
- Legislação transfóbica desafia movimento trans e aliados a investirem em resistência institucional
- Associações defendem direitos de crianças e adolescentes no STF contra lei que censura a Parada LGBTQIA+
- CNJ proíbe discriminação de pessoas LGBTQIA+ na adoção, guarda e tutela
- Enquanto aguarda nomeação de Lula, PGR interina defende direitos de travestis e transexuais presas
- Como ser um aliado de pessoas trans sem invisibilizar e protagonizar seu papel
- Crivella deixa cariocas sem remédio para tratamento da AIDS
- Ex-empresário de Dudu Camargo diz que apresentador quer mudar imagem de gay assediando mulheres
- World Athletics diz que atletas trans não podem ser proibidos de competir em SP
- Assexualidade gera dúvidas e polêmica entre LGBTs
- Quadrinho do Chico Bento mostra conceito de família com casal gay
- Japão testa drogas anti-HIV contra coronavírus em meio a aumento de casos
- Homofobia: professor é espancado e torturado por horas após ter vídeo íntimo vazado
- Coronavírus: precisamos nos alarmar no carnaval? Dr. Maravilha explica
- Presidente Bolsonaro veta propaganda do Banco do Brasil que investia em diversidade
- Professor de Direito do interior da Paraíba é novo Colunista do Observatório G
- Sair do armário, qual o real significado ?
- Matheus Ribeiro é pré-candidato a prefeitura de Goiânia
As paredes e lousa do local foram pichadas com dizeres preconceituosos e machistas, além de louvar o regime implantado no Brasil entre 1964 e 1985.
Em algumas imagens divulgadas por uma aluna no seu perfil do Facebook, pode ser visa a bandeira do arco-íris, símbolo da comunidade LGBT, que estava hasteada no pavimento e foi riscada com as seguintes frases: “tapa na cara das puta” e “falta de surra”.
LEIA MAIS:
Jogador de futebol americano lembra saída do armário: “Ser gay não te define”
Em uma lousa, os vândalos escreveram: “intervenção já, Ustra herói brasileiro”, em referência ao ex-militar reconhecido como torturador na época da ditadura no Brasil, Carlos Alberto Ustra.
“higienização já, esquerda fede”, “17 neles” e “ele sim”, são outros protestos feitos pela sala em claro apoio à candidatura a presidência Jair Bolsonaro. De acordo com informações dos estudantes da Faap, o responsável pelo ataque já foi identificado.
Em nota, emitida para a Agência Brasil, a Faap afirmou repudiar qualquer ato de violência e discriminação. “O fato ocorrido se restringe a uma divergência entre os alunos, que são capazes e estimulados a debater entre eles. Em relação à violação do espaço da sala de aula, já foram tomadas as providências cabíveis para garantir a manutenção desse ambiente que estimula a criatividade, a autonomia e a livre expressão de seus alunos”, diz o comunicado.