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Cultura

Existe homossexualidade no Reino Animal? Autor do 1º livro de biologia LGBT+ responde

Carlos Stênio é biólogo, escritor, ativista ambiental e divulgador científico

Publicado em 15/06/2021

Segundo o biólogo Carlos Stênio, os cientistas já observaram comportamento homossexual em mais de 1500 espécies de animais, incluindo mamíferos, aves, répteis, peixes, anfíbios, insetos e até vermes nematóides. Em uma explanação disponibilizada ao Observatório G, Carlos discorreu sobre o tema.

O comportamento Homossexual foi registrado em mais de 1.500 espécies de animais, com ampla distribuição na maioria dos principais clados taxonômicos. Tanto em campo, quanto em cativeiro, indicam que as interações sexuais ocorrem com bastante frequência em certas espécies não humanas. Entre esses animais, podemos citar os Cisne-negros, Patos selvagens, Boto-cor-de-rosa, Girafas, Leão, Hienas, Macacos Bonobos, Baleias cinzentas, Abutres, Hienas e Ovelhas.

Em comparação com a espécie humana, a sexualidade do mundo animal é muito mais ampla, com menos regras, preconceitos e cobranças. Não existem padrões previamente estabelecidos como a noção de uma “Família tradicional”. Alguns filhotes quando são abandonados pelos pais biológicos, muitas vezes por negligência, já que muitos pais se mostram incapazes de dar suporte às suas crias, podem ter uma nova chance, sendo adotado por outro casal do mesmo sexo.

Um dos casos mais famosos aconteceu em 2019, no Jardim Zoológico de Berlim, na Alemanha. Os pinguins-rei (Aptenodytes patagonicus) machos Skip e Ping, estavam juntos há alguns anos, e tinham uma grande “vontade” de procriar. Segundo os biólogos e veterinários do zoológico, eles procuravam rochas úmidas com a esperança de que elas fossem ovos e chocassem. No mesmo ano, os funcionários do zoológico decidiram dar a eles um ovo de verdade para que possam finalmente ter uma chance de formar uma família.

Muita coincidência? Em 2014, Jumbs e Kermite, dois pinguins-de-humboldt (Spheniscus humboldti) machos do zoológico de Kent, viveram uma história parecida ao chocar um ovo abandonado. Roy e Silo, dois pinguins-de-barbicha (Pygoscelis antarcticus) machos do zoo do Central Park em Nova York, não desapontaram seus tratadores, e fizeram o mesmo, criando outro filhote abandonado.

Em 2017, abutres-fouveiros machos se tornaram pais, depois de conseguirem chocar um ovo com sucesso no zoológico da Holanda. Ambos da mesma espécie Gyps fulvus, os abutres (), construíram um ninho juntos, criaram um vínculo muito forte e acasalaram. Mas, sendo machos, a única coisa que eles não conseguem é colocar um ovo. Depois de um ovo abandonado ser encontrado, os biólogos responsáveis, decidiram alterar a ideia inicial, de colocá-lo em uma incubadora, e decidiram dar uma chance para o casal.

Livro

Nesse sentido, para aclarar ainda mais a questão, de forma educativa e simples, Carlos redigiu um livro, no qual relatou sobre essas relações. O Diário de um biólogo é o primeiro livro de biologia com temática LGBTQIA. “O Personagem principal é gay, porém não exploramos isso no primeiro livro, mas apresentamos o personagem e todo o seu processo de aceitação. Na narrativa existe dois pinguins gays, que foram baseados em um casal real, o Skip e Ping do Jardim Zoológico de Berlim, na Alemanha. Segundo os biólogos e veterinários do zoológico, eles procuravam rochas úmidas com a esperança de que elas fossem ovos e chocassem. No mesmo ano, os funcionários do zoológico decidiram dar a eles um ovo de verdade para que possam finalmente ter uma chance de formar uma família“.

Sobre o intento da obra, ele diz – Convivemos de fato com as diferenças? Ou apenas respeitamos? Precisamos ir muito
além do básico. Ensinar as crianças a crescerem sem o hábito de julgar ou apontar para diferenças é a base para que cresçam num mundo receptivo e amoroso. Temos a obrigação de construir uma sociedade melhor e de proporcionar um mundo mais empático, mais justo, porque todos ganhamos quando convivemos com a diversidade. O objetivo deste livro é mostrar e valorizar as diferenças na infância para celebrar a equidade no futuro
.

Sobre a obra

O Livro foi ilustrado pelo Gilberto Cunha, formado em oceanografia, que usa suas redes sociais para divulgar a ciência do oceano com a sua arte.

Pré-venda 21/06 e o lançamento oficial 28/06 (no mês do orgulho lgbtia +)
Vai ficar disponível no site (para entrega em todo território brasileiro)
https://www.biologiaaplicada.com.br/

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