Os jogos Paraolímpicos de Tóquio finalmente começaram. A abertura dos jogos aconteceu nesta segunda-feira (24), a cerimonia foi realizada no Estádio Nacional de Tóquio, e pela primeira vez na história três paratletas foram responsáveis por acenderem a pira paralímpica. A abertura foi um grande exemplo de inclusão e tem como tema oficial a frase “We Have Wings”, ‘Temos asas’ na tradução para o português.
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“Inclusão” essa é a palavra que tem marcado as disputas em Tóquio, tanto nas Olimpíadas que bateu o recorde de atletas que são assumidamente parte da comunidade LGBTQIA+, quanto nas Paralimpíadas, que também quebrou esse recorde, mostrando que apesar de ainda haver muito pelo o que lutar, a sociedade LGBT tem conquistado seu espaço nos esportes.
Um levantamento feito pelo site de notícias esportivas voltado para questões LGBT e personalidades do esporte amador e profissional Outsports, revelou que cerca de 31 atletas que estão na disputa dos jogos de Tóquio possuem orientação sexual definida, o número ultrapassa o dobro de atletas que são assumidamente LGBTQIA+ que participaram dos jogos Rio 2016.
A nadadora Edênia Garcia, tetracampeã mundial de natação é uma das duas brasileiras que fazem parte da lista de esportistas LGBT da Paralimpíada de 2020, “Em 2016 eu raspei um lado do cabelo e cortei bem curto, estilo ‘Joãozinho’. Fui muito atacada por isso dentro do meu ambiente, por colegas ao meu redor. Foi bem difícil esse momento. Hoje eu me identifico como lésbica, mas naquele momento eu não tinha aberto isso ainda. Me senti muito constrangida, me rotularam muito por um simples corte de cabelo e isso foi algo que me impactou muito na época”, disse Edênia em depoimento publicado no site da Confederação Brasileira de Desporto Universitário.
