A primeira manifestação de protesto durante a Olimpíada de Tóquio foi feita pela atleta Raven Saunders, que competiu na modalidade de arremesso de peso feminino, conhecida como Mulher Hulk, Saunders é uma entre os cerca de 180 atletas LGBTQIA+ que participam dos jogos olímpicos desse ano, sendo a edição dos jogos com o maior número de atletas da comunidade.
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Nesse domingo (1º) após ganhar a medalha de prata na modalidade de arremesso de peso, Raven Saunders subiu ao pódio fazendo um gesto de protesto, depois de receber sua medalha ela ergueu os braços acima da cabeça formando um “X”, como forma de manifestação a favor de todos aqueles que são oprimidos e sofrem preconceitos dentro e fora do esporte.
“No fim das contas, realmente não nos importamos. Grito para todos os meus negros. Grito para toda a minha comunidade LGBTQ. Grito para todo o meu povo que lida com saúde mental. No fim das contas, entendemos que isso é maior do que nós e maior do que os poderes constituídos. Entendemos que há tantas pessoas que estão olhando para nós, que estão procurando para ver se dizemos algo ou se falamos por eles.” disse Saunders.
O Comitê Olímpico Internacional (COI) que proíbe todo tipo de protesto durante as premiações dos jogos olímpicos, se pronunciou nessa segunda-feira (2) dizendo que irá analisar o gesto feito pela atleta para tomar as devidas providências sobre o ocorrido. Antes da Olimpíada de Tóquio o COI havia flexibilizado as regras a respeito de protestos, permitindo que os atletas expressem suas opiniões apenas durante as comitivas de imprensa.