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Disputa

Categoria feminina: Nadadora trans Lia Thomas fica em 1º e homem trans em 2º

Lia Thomas segue nadando de braçada

Publicado em 21/02/2022

A nadadora que compete pela Universidade da Pensilvânia, a Penn State, Lia Thomas, conquista o terceiro título da Ivy League em três dias.

Thomas garantiu o feito na noite de sábado, vencendo os 100 metros livre em um recorde do Ivy League Championships em 47,63 segundos.

A esportista derrotou o nadador de Yale, Iszak Henig, homem trans, na prova do nado livre. Henig ficou em segundo lugar com 47,82, seguido por Nikki Venema, de Princeton, com 48,81. Tanto homens como mulheres trans, para obterem a legitimidade de competir na categoria feminina, precisam estar dentro das regras estabelecidas quanto ao uso de hormônios e inibidores.

O confronto de ambos foi o culminar de fortes desempenhos no campeonato dos esportistas, que lidaram esta semana com o aumento da cobertura da mídia de suas histórias pessoais como parte de uma conversa nacional em andamento sobre as regras que regem a participação de atletas transgêneros no atletismo universitário.

Os estatutos da NCAA permitem que atletas transgêneros compitam com mulheres se tiverem sofrido supressão de testosterona por um ano.

Nikki Venema 3º lugar
Iszak Henig, homem trans, 2º lugar
Lia Thomas, mulher trans,1º lugar (Photo by Hunter Martin/Getty Images)

Polêmica

Cynthia Millen, veterana da USA Swimming, causou polêmica em janeiro deste ano ao comentar o caso da nadadora Lia Thomas.

A natação é um esporte em que corpos competem com corpos, não são em que identidades que competem com identidades”, disse ela.

Os meninos sempre terão maior capacidade pulmonar, corações maiores, sistema circulatório maior, esqueleto maior e menos gordura. Não importa quanto tome de drogas inibidoras de testosterona, ele sempre será um homem biológico e terá estas vantagens”, falou.

Michael Phelps, considerado um dos atletas olímpicos mais bem sucedidos, disse o que pensa e polemizou – “Sobre trans competir com o sexo feminino, acho que isso leva de volta aos comitês organizadores”, disse Phelps ao entender que as regras, de forma geral, devem ser revistas.

Também há quem saia em defesa das diretrizes que controlam quem participa ou não.

Jacob Pebley e Madeline Groves falaram sobre o caso em janeiro- “Se realmente entendêssemos o que Lia e muitas outras pessoas trans estão sentindo, não estaríamos fazendo posts que basicamente diziam ‘eu ouço você, mas você não pode nadar conosco”, disse Jacob.

“É tão triste para mim ver pessoas aparentemente educadas usarem sua plataforma para postar comentários transfóbicos. O que diabos te dá o direito de decidir quem pode praticar esportes? Os atletas são tradicionalmente egocêntricos, mas usar o fanatismo para justificar a exclusão de um grupo inteiro de pessoas do esporte é simplesmente nojento”, escreveu Madeline em seu Instagram.

Outros casos

Fallon Fox, lutadora transexual, tem um cartel profissional de cinco vitórias e uma derrota. Em 2014, a Campeã do UFC, Ronda Rousey, comentou a situação de Fox.

Cada caso é um caso, você realmente tem que ficar atento a isso, mas no caso de Fallon Fox eu acho que ela tem uma vantagem injusta. Trata-se de algo fora do seu controle, mas que infelizmente é sua condição. É lamentável, especialmente por suas concorrentes também”, disse Ronda, em entrevista ao site norte-americano “TMZ”.

Eu acho que é uma daquelas situações em que é preciso analisar cada caso. Na verdade, eu tentei pesquisar muito e sinto que se você passar pela puberdade como um homem, é algo que você não pode realmente reverter. Mas há pessoas que passam por terapia de reposição hormonal desde antes disso até quando são maiores de idade, e elas podem fazer uma decisão sobre a mudança de sexo depois. Isso seria aceitável, porque eles já não desenvolveram a estrutura óssea de um homem. Você não pode simplesmente reverter isso. Não há nenhum botão ‘desfazer’”, alegou.

Fallon Fox se submeteu à cirurgia de mudança de sexo em 2006, na Tailândia. A última apresentação da atleta foi em 13 de setembro de 2014, pelo CCCW, quando nocauteou Tamikka Brents.

Em 2019, conforme reportamos, a canadense Rachel McKinnon, ciclista trans, conquistou o mundial e as críticas vieram à tona de uma forma bem robusta. “Ainda tenho de encontrar uma verdadeira campeã que tenha problemas com mulheres trans. Campeões de verdade querem uma concorrência mais forte. Se você vence porque o fanatismo proibiu sua concorrência… você é uma perdedora”, escreveu McKinnon, deixando claro que as “perdedoras” devem elevar a performance para vencê-la.

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