O teatro Bolshoi, em Moscou, na Rússia, é um dos mais importantes do país, e o seu balé representa o mais impactante da dança em todo o mundo, para alguns admiradores. Entretanto, desde a época da União Soviética, não se passava tanto tempo sem um espetáculo em cartaz – e estão surgindo várias teorias sobre o motivo por trás disso.
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Nureyev é o espetáculo esperado no Bolshoi. Ele conta a história do bailarino soviético Rudolf Khametovich Nureyev, um dos bailarinos mais celebrados do século XX, considerado como um reinventor da dança, e conhecidamente homossexual. Ele morreu em 1993, por complicações decorrentes da AIDS.
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Um nome tão ilustre fornece ótimo material para um espetáculo, mas também pode ser muito aberto em relação à homossexualidade para os padrões da Rússia atual. Segundo o chefe do Bolshoi, por ser uma obra tão complexa, é preciso mais tempo para completá-la; tempo esse que agora se estendeu, com a previsão de estreia da peça marcada para maio de 2018, quando ela era esperada ainda para este ano.
O teatro também diz que a homossexualidade do bailarino não tem nada a ver com o adiamento, já que essa parte de sua vida já era conhecida quando a obra foi encomendada para o Bolshoi. Entretanto, com tantos casos de homofobia e com a lei “anti-propaganda gay” de Vladimir Putin, é difícil dizer se essa é a verdade. O Bolshoi enfatiza que Nureyev vai estrear mesmo em 2018 sem censura. É o que não só a comunidade bailarina, mas também todo o público, espero.