Os vereadores da Câmara Municipal de Campo Grande aprovaram, depois de empate, o projeto de lei que institui no calendário oficial da capital a Parada da Cidadania LGBT e Show da Diversidade. Foi necessário o voto de minerva do presidente da sessão.
Veja também:
- Apesar de recorde histórico, investimento federal LGBTQIA+ ainda é insuficiente
- Legislação transfóbica desafia movimento trans e aliados a investirem em resistência institucional
- Associações defendem direitos de crianças e adolescentes no STF contra lei que censura a Parada LGBTQIA+
- CNJ proíbe discriminação de pessoas LGBTQIA+ na adoção, guarda e tutela
- Enquanto aguarda nomeação de Lula, PGR interina defende direitos de travestis e transexuais presas
- Como ser um aliado de pessoas trans sem invisibilizar e protagonizar seu papel
- Crivella deixa cariocas sem remédio para tratamento da AIDS
- Ex-empresário de Dudu Camargo diz que apresentador quer mudar imagem de gay assediando mulheres
- World Athletics diz que atletas trans não podem ser proibidos de competir em SP
- Assexualidade gera dúvidas e polêmica entre LGBTs
- Quadrinho do Chico Bento mostra conceito de família com casal gay
- Japão testa drogas anti-HIV contra coronavírus em meio a aumento de casos
- Homofobia: professor é espancado e torturado por horas após ter vídeo íntimo vazado
- Coronavírus: precisamos nos alarmar no carnaval? Dr. Maravilha explica
- Presidente Bolsonaro veta propaganda do Banco do Brasil que investia em diversidade
- Mocha Celis, uma escola com afeto e esperança
- Ney Matogrosso: o deus camaleônico da música brasileira
- Homofobia Velada
A eleição ficou no placar de 13 votos favoráveis e 12 contrários à medida. O projeto trouxe muito debate entre os membros do Legislativo: os parlamentares que se mostraram contra afirmavam que a aprovação significaria gastos públicos desnecessários, enquanto outros consideraram que a comemoração já acontece, não oficialmente, há anos na cidade.
Leia Mais:
Teste rápido de HIV começa a ser vendido no Rio de Janeiro
Pessoas contaminadas com HIV tem expectativa de vida de 78 anos, diz pesquisa
O debate também se acendeu sobre a possível LGBTfobia dos políticos que votavam contra. “O projeto era para ser votado em conjunto, mas como esse projeto é LGBT mandaram tirar de lado”, discursou o vereador Valdir Gomes (PP). “O preconceito está dentro dessa Casa também. Quero saber se, próxima eleição, vão separar os votos de gays e lésbicas. Acho que foi uma discriminação”, completou.
O presidente que definiu a aprovação do projeto foi Derly de Oliveira, o Cazuza (PP). “Não estamos discutindo sobre preconceito, nós estamos discutindo sobre colocar no calendário do município uma comemoração que acontece há mais de 17 anos. Sempre a Prefeitura estendeu as mãos para as marchas não só como LGBT, como também para Jesus e outras entidades. Sendo assim, meu voto é sim”, disse como justificativa para o seu voto.