O reencontro da diretora de cinema Camele Queiroz, com a sua tia transgênero Luma é o fio condutor do documentário “Quarto Camarim”, dirigido por uma das protagonistas junto com Fabrício Ramos.
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A produção permeia a vivência entre a cineasta e a parente que conheceu na infância quando ainda não tinha passado pela transição de gênero e agora é travesti, cabeleireira e performer. Ao retomar a relação, Queiroz questiona se essa busca se limita ao objetivo de fazer um filme ou acontece por razões afetivas.
Em entrevista ao UOL, Camele explicou o motivo pelo qual decidiu transformar o reencontro em filme. “Faço um cinema a partir da vida mesma e porque percebi nessa história pessoal dimensões e questões sensíveis que poderiam falar a outras pessoas. […] Quando falei do filme, a Luma topou participar. Depois houve idas e vindas que ameaçaram a existência dele. E esses desencontros, inclusive, participam do filme sobre o nosso reencontro”, afirmou.
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Ela ainda confessou que não tinha relação com a familiar antes de ter a ideia de rodar o filme. “Não existia relação. Na última vez que nos vimos, antes desse reencontro, eu tinha seis anos de idade. O que existia era uma lembrança desse tio. Da infância, eu tenho a lembrança de um tio afetuoso e de expressão marcantemente feminina. Desde então, eu sabia que esse ‘tio’ existia, mas não sabia mais nada dele. Não sabia nem onde ele vivia.”
Produzido através do edital Rumos Itaú Cultural 2015-2016, “Quarto Camarim” já percorreu vários festivais pelo mundo como no Canadá (Vancouver), Venezuela (Ilha de Margarita) e República Dominicana (Santo Domingo).
Confira o trailer: