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Protesto

Transexuais e travestis protestam contra extermínio em Recife

Parte da carta que será enviada ao governador do estado, mostra os números de pessoas trans e travestis assassinadas em diferentes anos em Pernambuco

Publicado em 25/11/2021

Nesta quinta-feira (25), mulheres trans e travestis irão se reunir para protestar contra o extermínio desse grupo social. O protesto ocorrerá às 16h, e o encontro está marcado para acontecer em frente ao Palácio das Princesas, localizado na região central de Recife, em Pernambuco.

A mobilização terá a participação de membros de diversos movimentos, entre eles estão Articulação e Movimento para Travestis e Transexuais de Pernambuco (Amotrans), Rede de Pessoas Trans Vivendo com HIV e Aids (RNTTHP), Leões do Norte e Nova Associação de Travestis e Transexuais de Pernambuco (Natrape) e o Grupo de Trabalho Positivo (GTP+).

Em conjunto, as organizações formam a Rede Autônoma de Travestis e Transexuais de Pernambuco (Ratts). Parte da carta que será enviada ao governador do estado, mostra os números de pessoas trans e travestis assassinadas em diferentes anos, e faz um alerta ao fato de que Pernambuco tem se tornado um dos estados que mais possui violência contra essa população.

“Pernambuco desponta como um dos estados mais violentos para esta população. Desde 2017, quando a Associação Nacional de Travestis e Transexuais/ANTRA iniciou uma série de levantamentos anuais sobre os registros e casos identificados de assassinato de pessoas trans em todo o Brasil, o estado ostenta o triste status de ser uma das Unidades Federativas da União mais letais para esta população. Sendo o 6º/2017 em números absolutos (13 assassinatos), 10º/2018 (7 assassinatos), 4º/2019 (8 assassinatos), e 7º/2020 (7 assassinatos), em números totais de 2017 a 2020, encontra-se em 6º mais letal segundo dados da ANTRA. Em 2021, o estado pernambucano atingiu a triste marca de 7 assassinatos em 9 meses (segundo a Rede de Observatórios da Segurança/2021), considerando os assassinatos ocorridos tanto na Região Metropolitana de Recife (RMR), quanto no interior do estado” diz trecho da carta.

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