Um Projeto de Lei da Câmara Legislativa do Distrito Federal (CLDF) quer dar espaço no mercado de trabalho a pessoas autodeclaradas travestis e transexuais. O texto determina que empresas do DF que recebem incentivos fiscais ou que mantenham contrato ou convênio com o Poder Público do DF deverão reservar 5% do quadro de funcionário às travestis e trans.
Veja também:
- Apesar de recorde histórico, investimento federal LGBTQIA+ ainda é insuficiente
- Legislação transfóbica desafia movimento trans e aliados a investirem em resistência institucional
- Associações defendem direitos de crianças e adolescentes no STF contra lei que censura a Parada LGBTQIA+
- CNJ proíbe discriminação de pessoas LGBTQIA+ na adoção, guarda e tutela
- Enquanto aguarda nomeação de Lula, PGR interina defende direitos de travestis e transexuais presas
- Como ser um aliado de pessoas trans sem invisibilizar e protagonizar seu papel
- Crivella deixa cariocas sem remédio para tratamento da AIDS
- Ex-empresário de Dudu Camargo diz que apresentador quer mudar imagem de gay assediando mulheres
- World Athletics diz que atletas trans não podem ser proibidos de competir em SP
- Assexualidade gera dúvidas e polêmica entre LGBTs
- Quadrinho do Chico Bento mostra conceito de família com casal gay
- Japão testa drogas anti-HIV contra coronavírus em meio a aumento de casos
- Homofobia: professor é espancado e torturado por horas após ter vídeo íntimo vazado
- Coronavírus: precisamos nos alarmar no carnaval? Dr. Maravilha explica
- Presidente Bolsonaro veta propaganda do Banco do Brasil que investia em diversidade
- A solidão do homem gay
- Homem hétero acorda do coma dizendo ser gay
- Ex-BBB Antonella diz que Pyong Lee é gay
De acordo com a matéria publicada pela Athosgls, o PL, de autoria do deputado distrital Fábio Felix (PSOL-DF) também assegura em seu texto direito de reconhecimento do nome social do empregado em todos os atos civis na empresa, como crachás, identificações, etc., e também o direito do funcionário de utilizar o banheiro do gênero no qual ele ou ela se identifica.
Isso também asseguraria, em tese, a pessoa contratada ter respeito dos colegas de trabalho com relação a vestimentas e aparência. Além disso, assegura vagas de estágio e jovem aprendiz, desde que no último os menores de 18 anos estejam acompanhados pelos responsáveis no momento da contratação.
O projeto começou a tramitar e, agora, precisa ser aprovado pelas comissões de Direitos Humanos e de Orçamento e Finanças da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ).
Segundo estimativa da Associação Nacional de Travestis e Transexuais (Antra), 90% das pessoas trans precisam recorrer à prostituição por não conseguir se inserir no mercado. Muitas das travestis e mulheres trans recorrem a isso como alternativa de renda e para também não viver na rua, o que aumenta a marginalização delas.
Essa iniciativa é de grande ajuda para a população transexual brasiliense. O deputado lembra que toda pessoa tem direito ao trabalho e a condições justas e favoráveis, Os Estados tem o dever de tomar medidas para além da proteção contra o desemprego e coibir nas práticas de transfobia contra a classe no País.