A Al Jazeera , uma das mais populares emissoras de TV árabes, celebrou o mês de junho como o orgulho LGBT+ em um vídeo postado em uma rede social. O ato foi visto como impetuoso, tendo em vista que o canal de notícias é propriedade do Catar.
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Catar ou Qatar é um país árabe, conhecido oficialmente como um emirado do Oriente Médio. O país, hegemonicamente composto por muçulmanos, segue os preceitos da Sharia. A lei não desassocia o Estado da religião, e pode punir a homossexualidade com pena de morte ou prisão perpétua.
O vídeo foi publicado no Twitter pelo canal de mídia online AJ+, um componente da Al Jazeera Media Network (AJMN). Contudo, parece responsabilizar somente o cristianismo pela homofobia. Ao explicitar imagens de igrejas e padres, o vídeo sugere que os cristãos estão “dizendo aos nossos jovens que eles são diferentes, que são ruins, que estão desajustados”.
Mas, segundo o CIA World Facebook, o almanaque de fatos sobre os países elaborado pela CIA, apenas 14% da população do Catar é cristã. Ou seja, o país é composto por quase 70% de muçulmanos. O pequeno país do Golfo criminaliza a homossexualidade, ao contrário da maioria das nações ocidentais de maioria cristã.
Segundo o Globo, na versão em inglês do site da Al Jazeera, é possível encontrar inúmeras reportagens sob a tag “LGBT News” criticando vários países, incluindo Quênia, Brunei, Estados Unidos e até o Brasil, por homofobia e outras políticas anti-LGBT, enquanto fica em silêncio sobre a punição do Catar.