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Daniela Mercury sobre militância: “Ficar quietinha é hipocrisia”

Publicado em 10/10/2017

A cantora Daniela Mercury mostrou, mais uma vez, a sua posição na militância sobre questões sensíveis aos direitos humanos, como a causa LGBT, além de comentar sobre assuntos em pauta ultimamente como a censura a exposições de arte e a liminar que autoriza a “cura gay” em entrevista concedida a estudantes de jornalismo de Salvador. O encontro foi realizado pelo jornal Correio* e divulgado no blog Me Salte.

A Rainha do Axé defendeu que a militância e o respeito as diferenças seja ensinado nas escolas a partir do período pré-escolar. Para ela, crianças não nascem preconceituosas. “As crianças desaprendem a respeitar as diferenças. Se vocês perceberem, uma crianças de 3, 4 anos de idade, elas não ‘distinguem’ as pessoas. Acho que o ser humano vai crescendo, muitas vezes, ficando pequeno, por querer tirar o outro ‘da competição da vida’, e tudo isso vira forma de fazer isso com maquiagens. Quem tá no poder, geralmente é quem determina.”, afirmou.

Questionada como leva as suas convicções políticas para o seu trabalho na música, Mercury ressaltou que a sua posição é algo natural. “Sou eu, gente, é a pessoa lá, inteira. As pessoas se empoderam com essas canções. Eu já trazia o discurso da Pérola Negra comigo, então uso o mesmo empoderamento pra usar e cantar todo o resto. Porque não é assim ‘Pronto, já casou, já disse que é gay, agora fica aí quietinha, viu, Daniela? Porque tá tudo certinho’. Tá tudo certinho nada! Ficar quietinha é hipocrisia nesses casos.”, opinou.

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Sobre o cancelamento da exposição Queermuseu, Daniela falou o quanto é inaceitável e prejudicial a arte, sofrer boicotes. “É inimaginável que um espaço de arte encerra uma exposição por pressões (de qualquer pessoa) dentro de um universo dito democrático. Isso é uma coisa muito provinciana e inaceitável em um país com mais de 220 milhões de pessoas.”, exclamou.

A artista também se posicionou contra a decisão judicial que autoriza psicólogos a submeterem seus pacientes a terapias de reversão sexual, a chamada cura gay. “Um juiz talvez não devesse se meter em um assunto assim, em uma área que não é dele. Agora temos que continuar forçando a barra pra que a gente reverta a decisão.”

“Mas é sim uma afronta, um desrespeito a toda a comunidade LGBT do mundo, de todo o Brasil, é feito por pessoas que querem constranger os homossexuais do país, retroceder o respeito e as conquistas. É uma questão política. Porque a política fica gerando, nas implicitudes, discursos de ódio, racismo, preconceito, pra poder ganhar espaço e notoriedade em afrontos assim. Mas é impossível não reagir a algo de caráter tão abusivo.”, completou.

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