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Dan Reynolds, do Imagine Dragons, explica sua relação com a defesa da causa LGBT

Publicado em 31/01/2019

EDan Reynolds, vocalista do Imagine Dragons, é um homem branco e heterossexual. No entanto, o artista não demonstra medir esforços quando o assunto é apoio à comunidade LGBT. Em 2018, inclusive, ele fez parte da campanha #EleNão, de combate ao agora presidente Jair Bolsonaro, por conta de suas declarações preconceituosas.

De acordo com o Popline, Dan Reynolds falou sobre sua missão de “acabar com o suicídio de jovens LGBTs” durante entrevista à Gay Times. Ao começar a explicar sua solidariedade com a causa, o artista relembra sua adolescência.

“Um dos meus melhores amigos no ensino médio era gay e mórmon, e essa foi a primeira vez que eu realmente enfrentei um conflito com minha religião”, contou. Reynolds cita a A Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias, onde foi criado.

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“Fui criado no Mormonismo, onde você é ensinado que ser gay é um pecado. Então, aos 12 anos de idade, fui confrontado com o conflito de: ‘bem, eu tenho um amigo que é gay e talvez seja a melhor pessoa que eu conheço, isso não faz sentido’. Essa foi a primeira vez que questionei ‘a vontade de Deus’ e não senti que Deus estava se alinhando com o que meu coração estava me dizendo, que o amor de meu amigo era tão válido quanto o meu”, observou.

Preconceito religioso sentido na pele

Aos 19 anos, o vocalista foi missionário. O período em que passou nessa atividade durou até a universidade, onde sentiu na pele o preconceito. Em suma, a discriminação aconteceu por ele já ter feito sexo com sua namorada, prática permitida pela religião apenas depois do casamento.

“Fui expulso da faculdade por dormir com minha namorada há quatro anos, e foi uma experiência realmente humilhante para mim”, ele lembra. “Parecia que todo mundo estava me julgando e lançando culpa e vergonha por simplesmente amar alguém. Isso, em um nível muito pequeno, é o que nossos jovens LGBTQ criados nas religiões ortodoxas sentem todos os dias. Eles dizem: ‘Seu amor não é válido, é incorreto, é pecaminoso’. Há muitas pessoas que são gays e mórmons que foram expulsos da BYU por não agir de acordo com isso”.

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Ele reflete, ainda, sobre o discurso deturpado da Igreja no que se refere à orientação sexual. “É o que acontece com todas essas religiões ortodoxas. Eles dizem: ‘Não é pecado ser gay, é pecado agir com base nisso’, o que é uma noção tão boba. É um modo de um vendedor dizer: ‘Estamos amando você, mas há uma faca nas suas costas’”, disse.

“A única opção que eles estão dando aos nossos jovens LGBTQ é viver uma vida de celibato. Eles estão dizendo: ‘Fique conosco e seja celibatário ou esteja em um casamento heterossexual’, o que também leva a taxas mais altas ainda de depressão e suicídio. Portanto, não há espaço seguro para os jovens LGBTQ. Percebi que tenho essa plataforma e todo esse privilégio que recebi. Então, o que estou fazendo com ela? Estou usando isso? Ou estou apenas vivendo uma vida privilegiada?”, refletiu.

Apoio na prática

Para além da teoria, Dan Reynolds já encabeçou ações com vista à defesa da causa LGBTQ. Ele chegou a arrecadar mais de US$ 1 milhão para instituições que defendem o movimento.

“Nossa cultura não seguirá em frente se as pessoas privilegiadas não estiverem usando essa voz e a plataforma que receberam para iluminar aqueles que foram estigmatizados, aqueles que não receberam esse privilégio”, disse. “Então, acho que é extremamente importante para os homens heterossexuais, especialmente os mais privilegiados, falar e se impor, dizendo: ‘Precisamos ser melhores.”

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