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Cultura

Nietzsche era bissexual? Existe base gay em sua filosofia?

Nietzsche, que mais tarde proclamou a morte de Deus, descreveu como inventamos nossos deuses porque odiamos a nós mesmos

Publicado em 08/08/2021

Nietzsche foi um filósofo polêmico e afamado. Adepto de ideias que propiciaram uma espécie de dinamite no pensamento tradicional ocidental no século XIX, foi um dos primeiros a falar sobre o ressentimento, e permanece atual na contemporaneidade por falar das ilusões do mundo contemporâneo. Escritor de livros densos, complexos e extremamente famosos, em A Genealogia da Moral, por exemplo, o filólogo traz um estudo feito por ele a respeito dos valores bom e mau. Nietzsche estudou profundamente os nomes clássicos da filosofia para, posteriormente, refutá-los por meio de um pensamento sistematizado e provocador. Além do Bem e do Mal é um livro que também cutuca a religiosidade, o pensamento do corpo social vigente e sagra-se como uma das obras mais abrangentes do autor.

No Anticristo, o autor alemão diz em seu prefácio que, “para compreender sua paixão, é essencial enxergar o nacionalismo abaixo de si e nunca perguntar se a verdade será útil ou prejudicial”. Ele defende que a moral consiste na “transvaloração de todos os valores, em um desprender-se de todos os valores morais, e um confiar e dizer Sim a tudo o que até aqui foi proibido, desprezado, maldito”. Aqui no Brasil, ele é bem discutido nas vozes de Viviane Mosé e Scarlett Marton.

Artigo

Um artigo do New York Times, de 2002, discute se existe alguma base gay em suas obras. Claro que a orientação sexual de cada um é algo que compete somente ao sujeito, mas a nível de curiosidade, já que existem alguns relatos sobre trocas de cartas do filósofo com outros autores homens, o tema vem à tona.

O artigo diz que Nietzsche, que já foi pego totalmente livre e nu dançando no quarto, pode ter desfrutado de várias semanas de felicidade homoerótica na Sicília. Na verdade, livros e ensaios que provam a homossexualidade de uma figura famosa se tornaram lugar-comum. Eles podem ser obsessivamente exagerados, como costuma acontecer com os de Köhler. Mas às vezes também revelam um aspecto não examinado da personalidade ou revelam as paixões que estão por trás de certas obras ou mostram como as ideias sobre sexualidade afetam outras atividades humanas. Como escreveu Nietzsche: “O grau e o tipo da sexualidade de um homem atingem o auge de seu espírito”.

Köhler diz que está preocupado com um grande “segredo” que, segundo ele, dominou a vida de Nietzsche. Esse segredo é a homossexualidade, que sempre pairou nas margens da reputação de Nietzsche, preceitua o artigo.

Thomas Mann, em 1947, descreveu o autor que declarou a morte de Deus como “um fenômeno de vasta extensão e complexidade cultural, um verdadeiro currículo do espírito europeu”.

Köhler, ao citar registros do autor, diz que encontrou alguns relatos mais íntimos. Durante seus anos de universidade, Nietzsche escreveu a um amigo do sexo masculino sobre um ferimento, desejando que seu amigo pudesse visitá-lo à noite como um incubus curativo. Mais tarde, Nietzsche disse a um aluno que os lábios de Hans Holbein em um famoso autorretrato pareciam “feitos para beijar”. O autor chegou a ter um romance com Lou Salomé, apesar de falar muito mal das mulheres em diversas obras.

Filme

O triângulo amoroso entre o filósofo Nietzsche, a russa Lou von Salomé e o judeu alemão Paul Rée é o tema do drama que tem como cenário a Roma de 1899. O filme italiano da diretora Liliana Cavani, traça paralelos importantes com o livro do filósofo. A homossexualidade do autor é uma hipótese, “E é consistente com a mitologia filosófica de Nietzsche, que é em parte a história de um Paraíso perdido que deve ser reconquistado“.

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