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Beleza

Anitta é acusada de hipersexualização após sucesso de Envolver no Spotify global

Anitta fez sucesso com Envolver

Publicado em 03/04/2022

Hipersexualização da cantora ou moralismo sexual de quem a critica? Richard- Bessette (2006) entende hipersexualização como o uso excessivo de estratégias centradas no corpo a fim de seduzir, e, no caso do mercado, vender um produto usando tais artimanhas. A música Envolver de Anitta alcançou o 1º lugar no Spotify e foi motivo de celebração. A artista é independente, determinada e alcança os seus objetivos.

A pergunta feita pelos críticos questiona se o resultado teria similitude ao atual se ela se expusesse menos. Ou melhor, se o corpo sexual não fosse o lócus de seu trabalho o sucesso seria o mesmo?

Em contrapartida, admiradores da cantora alertam para um possível moralismo sexual nas críticas. Afinal, é ela quem está no poder, são as fantasias dela sendo sedimentadas e é ela quem decide quando começar e quando parar. As mulheres têm desejos diferentes, inclusive, transforma-se em um objeto mexe com a imaginação de muitas. Madonna disse algo parecido quando foi indagada neste sentido nos anos 90. Mas será que são elas mesmas no poderio ou o mercado? Independentemente da resposta, o mercado já decidiu que uma mulher de quatro e de calcinha vende, e isso tem uma raiz profunda.

E. L. James, acrônimo da Erika Leonard James, escritora da trilogia Cinquenta Tons de Cinza, foi perguntada o que a levou escrever uma história com aquele enredo. Ela disse que quis devolver as fantasias às mulheres.

De acordo com o próprio site do Pornhub’s, as pesquisas de conteúdo pornô variam muito de acordo com o contexto, com a cultura, a atriz do momento na TV, tudo isso pode corroborar para incendiar e cristalizar alguns fetiches. Lamentavelmente até tempos de guerra, já que o termo mulheres ucranianas foi buscado incessantemente em sites pornô, por conta do conflito Rússia X Ucrânia. Outra coisa que foi sexualizada e tem vendido no pornô são os desenho de anime.

Alguns desses efeitos da hipersexualização: meninas transformadas em ‘Lolitas’. O romance “Lolita” de 1955, por exemplo, do autor russo Vladimir Nabokov serviu de aparato para músicas e artistas como Lana Del Rey, filmes diversos e personagens até hoje. No enredo, Humbert Humbert, professor de literatura de 38 anos de idade, vive um romance com a personagem Dolores Hazes, de 12 anos de idade. Essa ideia da jovem inocente e fatal que conquista o cara mais velho costuma vender muito, por isso já virou clichê por ser sempre utilizada no entretenimento. Presença de Anita, livro de Mário Donato publicado pela primeira vez em 1948, narra a história de uma ninfeta, complexa e mórbida que conquista e dá movimento à vida de um homem apático e muito mais velho. Livro inspirou minissérie homônima na Globo e, inclusive, a escolha do “nome de guerra” da própria cantora Anitta, que acredita parecer com a personagem.

Eva Ionesco, de 11 anos, pousou na capa da revista Playboy Italy (1976) da época, sendo deliberadamente atrelada a um símbolo de beleza consumista.

Ou seja, beleza vende, mulheres jovens vendem, mulheres peladas vendem, isso é fato.

O jornal Estado de Minas propiciou uma discussão, totalmente passível de discordâncias, sobre a indústria da música e como essa sexualização se consolidou nas divas pop, por meio de um vídeo com estudiosas do tema. Madonna, que é a rainha do pop, levou isso para o grande público na música e clipes. Primeiro foi elogiada pela feminista Camille Paglia, depois criticada.

Confira também – Feminismo e história: Tensão entre feministas lésbicas e bissexuais

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