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História

Aguinaldo Silva é referência quando o tema é o início do movimento LGBT no Brasil

O movimento LGBT+, a inserção das pautas LGBTs e o início da Parada contaram com pessoas que se expuseram com coragem

Publicado em 27/08/2021

O movimento político é por si só coletivista. O ser humano, claro, tem a sua subjetividade e o seu processo de individuação, no qual o pensar é o próprio Si-mesmo, mas uma luta requer responsabilidade coletiva, que não exclui a individualidade, mas visa fortalecer as demandas da comunidade. O Movimento LGBT no Brasil, que outrora era chamado de Movimento Homossexual brasileiro (MHB), representou muito na luta pela Dignidade da Pessoa Humana à diversidade.

Nesse sentido, James N. Green concedeu sua importante contribuição para entendermos sobre a história do Orgulho LGBT+ no Brasil. O estudioso morou por oito anos no país, onde foi um dos fundadores da primeira organização de defesa dos direitos dos homossexuais aqui.

Green entendeu que grupos relativamente pequenos foram basilares para conter a discriminação e homofobia no final da década de 1960, quando a segunda onda do feminismo já se apresentava.

A priori, teve certa influência do feminismo, porque acreditava que a raiz da marginalização estava no machismo, no rapaz que era chamado de “mulherzinha” na escola e, por conseguinte, inferiorizado, porque não se encaixava nos padrões tidos como normativo. Posteriormente, dividiu-se, especialmente porque não encontrou tanto apoio no espectro da esquerda.

Em Cuba e Nicarágua, autoafirmação e organização entre os gays, lésbicas e outros transgressores sexuais, foram compulsoriamente suprimidos antes de alcançar qualquer grau de aceitação. A profunda homofobia e ‘heterossexismo’ da sociedade cubana, então mobilizada pela revolução, permitiu posturas e práticas que, só muito lentamente, foram eliminadas, à medida que as minorias sexuais reivindicavam visibilidade. (GREEN, 2003, p. 18).

Gays e lésbicas foram perseguidos em Cuba, especialmente nos anos subsequentes à revolução de 1959, liderada pela família Castro, na qual a repressão se institucionalizou. Em 1961, na noite dos três Ps, vários homossexuais e prostitutas foram presos.

Segundo o GGB, 10 mil gays e travestis foram expulsos de Cuba na primeira década da revolução. 

Apesar de muitos atrelarem o avanço LGBT aos movimentos socialistas, diversos historiadores do segmento entendem que minorias sexuais foram perseguidas em tais governos. Segundo Green, o stalinismo, por exemplo, demarcava a homossexualidade como uma espécie de “decadência burguesa”. Houve morosidade para pautas LGBTs serem acopladas na agenda política dos programas sociais, tendo como justificativa que o prevalecente deveria ser a luta dos proletariados.

O Lampião da Esquina

O Lampião da Esquina foi um jornal homossexual brasileiro que circulou durante os anos de 1978 e 1981. Nasceu dentro do contexto de imprensa alternativa na época da abertura política de 1970. João Antônio de Sousa Mascarenhas foi um dos fundadores do jornal e um precursor do ativismo homossexual no país. Foi preciso muita coragem para começar a pavimentar um caminho que hoje é percorrido com mais facilidade e apoio.

Aguinaldo Silva, também um pioneiro, e o escritor Gasparino Damata foram colaboradores do jornal, que passou por percalços durante a ditadura militar. Segundo o portal Medium, como o jornal raramente tinha anunciantes, Aguinaldo chegou a pagar a edição de certos números com o dinheiro de seu próprio bolso. João Silvério Trevisan, um dos fundadores do primeiro grupo em defesa dos direitos da população LGBT no Brasil, o Somos, em 1978,´é autor do livro ‘Devassos no Paraíso’.

Grupo de Afirmação Homossexual, mais conhecido como apenas Somos, foi um grupo em defesa dos direitos LGBT, fundado em 1978. Aqui, lésbicas começaram a se organizar, especialmente porque identificaram machismo no comportamento de muitos gays. Nesta época, a discussão sobre a forma como a sigla, o acrônimo LGBT, é organizada já vinha à tona.

Toda esta movimentação em prol da diversidade, no Brasil e América Latina, foi inspirada e encorajada pela Revolta de Stonewall, a qual derivou o Dia do Orgulho LGBT, 28 de junho. Data efeméride ficou conhecida como um marco na luta pelos direitos LGBTs, quando, em 28 de junho de 1969, tornou-se palco de uma coibição hostil advinda da polícia.

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