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Ex-líder de terapia para ‘cura gay’ conta que sofreu ‘lavagem cerebral’

Publicado em 29/02/2020

McKrae Game, fundador de um dos maiores grupos de terapia para a chamada “cura gay”, o Hope for Wholeness, revelou ser homossexual em setembro do ano passado. Ele relatou ao jornal The Guardian seu arrependimento e sua experiência, que denomina como uma “lavagem cerebral”.

O americano McKrae Game. (Foto: Reprodução/YouTube)

Segundo matéria do Portal Gay1, Game conta que, aos 18 anos, saiu de casa e ficou amigo de um vizinho. Com o novo amigo, tomando uma cerveja, ele confidenciou que sempre se sentira atraído por homens. “Eu contei a ele que eu sempre me perguntei se eu era”, relembrou.

Depois daquela situação, ele teve sua primeira experiência com esse vizinho, o que o perturbou bastante, já que a expressão “gay” sempre teve um significado pejorativo durante sua infância e adolescência.  

Game conseguiu lidar bem com sua sexualidade por um bom tempo até, durante um relacionamento, seu parceiro contar que estava sendo acusado de homicídio culposo. Por medo de ficar sozinho, ele se questionou se não era mais correto ele viver uma vida heterossexual, ao lado de uma esposa.

Um dia, quando estava dirigindo, ele ouviu no rádio uma propaganda para uma conferência cristã direcionada a pessoas LGBT. “Se você é e não quer ser, mude”, o anúncio dizia.

Logo após disso, ele compareceu a conferencia e foi informado sobre um grupo de apoio a homens que estavam “saindo da homossexualidade”. Game afirma: “Discutimos como eu poderia ser mais masculino e sair com mulheres novamente. Eu o vi nos oito anos seguintes”.

Junto com seu conselheiro, ele decidiu criar um “grupo de terapia” para ajudar jovens rapazes da igreja (onde ele também conheceu sua mulher) e com o Hope for Wholeness ele aconselhou milhares de homens durante 28 anos, mesmo sentindo que estava escondendo de todos, e até de si mesmo, sua verdadeira identidade.

Tudo isso acabou quando um dia o presidente do conselho do ministério entrou em seu escritório e disse que o estava demitindo por ele ter sido flagrado assistindo pornografia gay no computador. Foi então que Game percebeu que estava sendo usado apenas como uma ferramenta da igreja, para a mesma lavagem cerebral a qual estivera sendo submetido.

Cerca de 18 meses depois que fui demitido, Game fez um post no Facebook: ‘Não tenho espaço para o ódio no meu coração. Eu sei que não sou anti-gay. Eu sou gay”.  Ele conta ter recebido centenas de mensagens, grande parte de pessoas agradecidas mas mensagens de ódio de conservadores.

Atualmente, Game trabalha para conciliar sua fé, que diz não ter perdido, sua sexualidade, que expressa livremente, e a sua nova missão, que é ajudar a igreja a aceitar a classe LGBT.

“Sinto como se tivesse escapado de um culto: fiz uma lavagem cerebral por 28 anos. Agora posso começar a explorar quem sou autenticamente,” afirma.

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