Jaqueline Jesus foi a primeira mulher trans a terminar um doutorado pela Universidade de Brasília (UnB). As conquistas só estavam começando, ela também é pós-doutora pela Fundação Getulio Vargas e pesquisadora do Centro de Políticas e Desigualdades em Saúde, da Universidade de Duke, nos Estados Unidos. Nesse sentido, ela fala um pouco a respeito em entrevista ao Correio Braziliense.
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“Vim de uma família que valoriza muito os estudos. A minha mãe era professora, ela foi a primeira a entrar na universidade. Sempre tive acesso a livros. Depois que eu já era crescida, meu pai também fez faculdade”, conta.
“Eu decidi, aos 29 anos, que me reconhecia como mulher trans e resolvi começar minha transição e viver como mulher. Tive muito apoio da minha família, bem diferente do que costuma ser”, recorda Jaqueline, quando perguntada sobre sua transição.
“Mesmo sendo uma pessoa negra que conseguiu lutar e ocupar meu espaço enquanto negra. Não sei se tivesse passado pela transição antes teria chegado à universidade. São vários fatores a serem avaliados”, ressalta.
“Ser professora está no meu sangue. Detesto usar esse clichê, mas apesar de suas limitações, ele facilita a compreensão do que eu quero dizer pelo fato de ser filha de professora. Sala de aula é um lugar que eu conheço desde antes de conhecer a mim mesma. Na cesta de vime em que minha mãe me levava, quando bebê, para assistir suas aulas no curso de pedagogia”, diz ela em uma de suas publicações nas redes sociais.